Ambulante tem 40% do corpo queimado por artista de rua em MG após discussão
Uma vendedora ambulante de doces teve mais de 40% do corpo queimado por um artista de rua na noite de ontem, após uma suposta discussão entre os dois em Ouro Fino, no sul de Minas Gerais. Segundo a polícia, o suspeito jogou gasolina e ateou fogo na mulher.
Ainda de acordo com a polícia, no momento da ação, o suspeito, Cleudoaldo Vital Nunes, 19, estava junto com a companheira, Geisiara Ponciano, 25. Os dois foram presos em flagrante por tentativa de homicídio duplamente qualificado.
A vendedora, Vanessa Maria Ribeiro de Araújo, 37, teve queimaduras no rosto, pescoço, tronco, mãos e pernas, e está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre, cidade a 60 km de Ouro Fino. Até o meio da tarde de hoje, os médicos aguardavam vaga em um hospital especializado em queimaduras, em Belo Horizonte, para transferir a vítima.
O UOL teve acesso a imagens do circuito de segurança de um estabelecimento comercial, que mostram a ação. Eram 18h22 de ontem quando Vanessa se aproxima do local onde estavam Cleudoaldo e Geisiara, em uma rua movimentada do centro da cidade. O vídeo mostra o rapaz indo na direção da vítima com o instrumento utilizado para fazer o número de "cuspir fogo", em chamas.
Apesar de a imagem não ser muito nítida, é possível ver o rapaz fazendo um movimento com a mão esquerda e, logo em seguida, o corpo da mulher pegando fogo e ela se debatendo.
O homem ainda observa a cena enquanto outra pessoa tenta ajudar a vendedora. Minutos depois, o suspeito foi visto entrando em um mercado, sozinho.
Cleudoaldo e Geisiara foram detidos cerca de duas horas depois do ocorrido, perto da rodoviária de Ouro Fino.
O rapaz disse para os policiais que foi ameaçado mais de uma vez pela vendedora para que saísse do ponto onde faz os números com fogo. Segundo a Polícia Militar, a companheira dele confirmou as ameaças, mas garantiu que não sabia da intenção dele de atear fogo na mulher e afirmou não ter participado da ação.
De acordo com a PM, uma testemunha relatou ter ouvido o agressor dizer que era para a ambulante aprender a não ameaçar ninguém.
Como no depoimento para a Polícia Civil os dois preferiram ficar em silêncio, os investigadores ainda não podem dizer qual foi o real motivo da agressão.
O quadro clínico da vítima é estável, mas, como ela está na UTI, ainda não pôde ser ouvida pela polícia.
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