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Idosa é esquecida e fica trancada em posto de saúde em Minas Gerais

Daniel Leite

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora (MG)

17/09/2019 13h30Atualizada em 17/09/2019 17h14

Uma idosa diz que foi esquecida ontem (16) dentro de um posto de saúde de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

De acordo com testemunhas, pessoas que passavam no local a viram na parte da frente da unidade sem ter como sair e chamaram a polícia.
Guiomar Barbosa, de 78 anos, conta que foi fazer curativo em uma úlcera na perna. Depois de atendida, sentou-se em um dos bancos no fundo por alguns minutos.

Em seguida, iria pedir para uma das atendentes ligar para a pessoa que sempre a leva de casa até o posto, de carro. Mas não deu tempo porque, de acordo com Guiomar, em poucos minutos não havia mais ninguém na unidade. "Eu ia ao balcão pedir à menina para ligar para me pegar. Mas fecharam a porta, com pressa, não me viram."

Quando percebeu que estava trancada e sozinha, foi para a frente da unidade de saúde. "Quando eu cheguei, vi o portão grande trancado. Foram embora e eu fiquei sozinha."

De acordo com parentes, Guiomar ficou entre 40 minutos e uma hora presa no posto. Moradores passaram na calçada e chamaram a polícia, e um boletim de ocorrência foi registrado.

Um amigo da família diz que se o portão do corredor lateral tivesse sido trancado, a situação da idosa pioraria. "Ela deu sorte que não trancou a porta do corredor, aí ela veio para frente, senão, ela ia amanhecer o dia lá", afirma Jovino Pereira dos Santos.

Em nota, a prefeitura informou que a idosa ficou dentro do posto "por alguns minutos". De acordo com o comunicado, ela tem o hábito de sentar no banco da frente, mas foi para os fundos, "em um lugar não visível para quem passava e sentou em um banco que ali estava, onde veio a cochilar".

A prefeitura garante que cerca de 20 minutos depois ela acordou e foi para a parte da frente, e que a gerência foi acionada e foi ao local. Guiomar diz não se lembrar de ter cochilado.

Questionada se antes do fechamento não é feita uma vistoria para ver se não há ninguém no interior do posto, a prefeitura não respondeu até a publicação da reportagem.