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Morre 14ª vítima de incêndio no Hospital Badim, no Rio de Janeiro

Fotos após incêndio no Hospital Badim mostram rastro de destruição provocado pelo fogo - TV Globo/Reprodução
Fotos após incêndio no Hospital Badim mostram rastro de destruição provocado pelo fogo Imagem: TV Globo/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

17/09/2019 13h08

Resumo da notícia

  • Morreram 2 pacientes internados em hospitais
  • Saldo de mortos sobe para 14

Chegou a 14 o número de mortos no incêndio do Hospital Badim, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada na manhã de hoje (17) pela assessoria do hospital Badim, que também confirmou a morte da 13ª vítima.

Em nota enviada ao UOL, o hospital informou que a paciente transferida para o hospital Israelita Albert Sabin morreu na manhã de hoje. A paciente, que não foi identificada pelo hospital Badim, tinha 98 anos. A reportagem do UOL procurou o hospital em busca de mais detalhes, mas uma funcionária do local disse não ter autorização para confirmar nenhuma informação.

Ontem, o Badim confirmou a 12ª vítima, uma mulher identificada como Yolandina Gaspar. Ela sofria de problemas renais crônicos e inalou muita fumaça tóxica produzida pelo óleo diesel usado no gerador. Cerca de 30 funcionários fazem hoje um mutirão de limpeza e organização do prédio novo do Hospital Badim —que também foi afetado pelo incêndio.

Segundo a assessoria do hospital, o prédio novo não está interditado pela Defesa Civil. Apesar disso, ainda não há previsão de retomada das atividades na unidade.

O prédio antigo, que fica separado do edifício novo apenas por um prédio residencial, continua interditado. A previsão é de que a Polícia Civil retorne hoje à unidade para periciar o gerador de energia, foco do incêndio, junto com a empresa que faz a manutenção do equipamento.

Ontem, funcionários da equipe de manutenção do Hospital Badim que estavam no local na hora do incêndio prestaram depoimento na 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira), encarregada do inquérito, e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fizeram uma perícia nas instalações.

A fumaça tóxica que se desprendeu e tomou todo o prédio de seis andares foi resultado da queima de óleo diesel após um incêndio no gerador do hospital.

Sete pacientes recebem alta

Em nota, o Hospital Badim informou que na tarde de hoje mais sete pacientes que estavam internados receberam alta. Com isso, 43 pacientes permanecem em unidades de saúde do Rio de Janeiro.

"Ressaltamos que a maior parte das pessoas está internada para a continuidade do tratamento das patologias que motivaram suas admissões no Hospital Badim e não por conta da inalação de fumaça", declarou o hospital.

Dos 103 pacientes envolvidos no incêndio, 43 permanecem internados, 31 receberam alta e 14 morreram. Já dos 21 colaboradores/acompanhantes internados: 9 seguem internados e 12 receberam alta.

Análise de gerador e câmeras internas do hospital

Peritos da Polícia Civil analisam o gerador de energia do hospital, que já foi confirmado ter sido o foco do incêndio. No sábado (14), eles levaram da unidade de saúde uma parte carbonizada do equipamento para análise —há uma peça do equipamento que só é possível analisar após a desmontagem (somente a empresa responsável pela manutenção do gerador pode fazer isso).

O delegado Roberto Ramos, titular da 18ª DP e responsável pela investigação, disse que ainda é prematuro afirmar que houve negligência do Badim em relação à manutenção do gerador. "Nós vamos ver toda a parte técnica. Sabemos que o problema foi no gerador. Agora vai fazer o estudo mais aprofundado para saber da manutenção e como se deu esse problema que gerou o incêndio."

Todos os andares afetados pelo incêndio já passaram por perícia.

Imagens de câmeras de vigilância interna do Hospital Badim mostram que funcionários tentaram apagar o incêndio. Os vídeos foram divulgados ontem pelo Fantástico. Nas imagens relevadas pelas câmeras internas, não é possível identificar a presença ou ajuda de uma brigada de incêndio no local.

Questionada pelo UOL sobre o número de brigadistas presentes no hospital no momento do incêndio, a equipe de comunicação do Hospital Baldim declarou por meio da nota que o plano de socorro usado no episódio foi o Plano de Ação e Emergência (PAE) e que havia a presença de brigadistas no local.

"O hospital conta com 30 brigadistas de incêndio. Os dois prédios contam, juntos, com 5 saídas de emergência. O prédio atingido possuía dois geradores e as manutenções preventiva e corretiva eram feitas dentro dos prazos exigidos pelos órgãos competentes. Todas as licenças necessárias para o pleno funcionamento do hospital estavam em dia", disse o hospital.

*Com Agência Brasil

Câmeras mostram apagão e fumaça em hospital no Rio

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