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Polícia procura enteado do prefeito de Manaus por suspeita em assassinato

Alejandro Valeiko, enteado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, é suspeito de participação em assassinato - Reprodução/Redes sociais
Alejandro Valeiko, enteado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, é suspeito de participação em assassinato Imagem: Reprodução/Redes sociais

Bruna Chagas

Colaboração para o UOL, em Manaus (AM)

05/10/2019 19h42Atualizada em 05/10/2019 20h50

A Polícia Civil do Amazonas afirmou que Alejandro Valeiko, 30, enteado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), é oficialmente procurado pela suspeita de envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42, ocorrida há sete dias.

A prisão foi decretada ontem e ele é considerado foragido.

O corpo de Flávio foi achado na tarde da última segunda-feira (30/9) em um terreno no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, horas depois de ele ter estado na casa de Alejandro, em um condomínio no bairro Ponta Negra.

Alejandro é filho da primeira-dama Elizabeth Valeiko. Na última semana, ela disse que o filho é dependente químico e que a família o levou a uma clínica de reabilitação. A assessoria do prefeito chegou a divulgar que ele foi internado, mas nem a Prefeitura de Manaus ou a família informa onde fica a clínica e quando Alejandro deu entrada no local.

Já estão presos por suspeita de envolvimento no crime: José Edvandro Martins de Souza Junior, 31, Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, 22, e o chefe de cozinha Vitorio Del Gatto, que morava na residência de Alejandro. Os três estavam na casa junto com o enteado do prefeito e Flávio na noite do último domingo (29/9), segundo a polícia.

O policial militar Elizeu da Paz de Souza, 37, que está lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e, conforme as investigações, é segurança de Alejandro, foi preso. Outro preso foi Mayc Vinicius Teixeira Parede, 37. Segundo a polícia, Elizeu e Mayc estiveram juntos no condomínio na noite em que Flávio foi morto.

Duas das seis facadas foram fatais, diz laudo

A necropsia realizada no corpo de Flávio mostrou que o engenheiro morreu em decorrência de duas das seis perfurações de faca encontradas no corpo.

Segundo o documento, ao ser examinada a parte interna do corpo foi constatado que as duas facadas recebidas no abdômen atingiram as alças intestinais de Flávio.

"Encontrei perfurações de alças intestinais e sangue na cavidade abdominal", disse o perito Celso Braga Gomes, no laudo.

Também foram identificadas duas perfurações superficiais nas costas e outras duas, também por arma branca, na coxa esquerda.

Segundo o laudo, marcas no pescoço indicam que também houve tentativa de sufocamento.

Além disso o corpo do engenheiro apresentava diversos machucados e arranhões pelo corpo, que segundo o legista indicam que ele foi arrastado pelo solo e removido de um lugar para o outro.