Jovens celebram com funk e álcool em túmulo de amiga; família vai à polícia
Um grupo de adolescentes fez uma festa com música, dança e bebida alcoólica no túmulo de uma amiga, de 18 anos, que foi enterrada no cemitério Nossa Senhora da Boa Morte, no município de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, na última segunda-feira (21). A "homenagem" póstuma foi filmada e divulgada em redes sociais, porém os familiares da garota desaprovaram a situação.
A família de Maria Wanessa Mindêlo Sousa, 18, procurou a polícia para que seja investigado o suposto crime de vilipêndio. Os pais da jovem informaram que vão levar o caso também ao Ministério Público Estadual.
O pai de Maria Wanessa, José de Arimateria de Souza, registrou boletim de ocorrência na Central de Polícia, em João Pessoa, na noite de terça-feira (22), logo após saber do ocorrido por meio de mensagens no WhatsApp. O caso foi repassado para ser investigado pela delegacia de Bayeux.
Os pais da jovem morta receberam vídeos da "festa" pelo WhatsApp e se sentiram ofendidos com a comemoração, que ocorreu após a família sair do cemitério. Eles disseram que ficaram surpresos, pois o grupo participou do enterro demonstrando tristeza com a morte da amiga.
Homenagem
As imagens compartilhadas nas redes sociais mostram alguns jovens em volta do túmulo e uma em cima da cova. Uma das garotas fala a frase "safada, como é que tem coragem de falar na minha cara", trecho da música "Surtada", e puxa o coro com o grupo.
Em seguida, os jovens começam a dançar e fazer o "passinho" da música. Nas imagens, os jovens sorriem e uma das garotas sai distribuindo goles de vodka saborizada na boca dos colegas. Em seguida, ela joga bebida alcoólica em cima do túmulo.
Uma das amigas da jovem fala na gravação que a amiga pediu para que o grupo fizesse a "homenagem" póstuma daquela forma, com música, dança e bebida.
A "festa" foi criticada pela família da jovem, pois ela foi encontrada morta, enforcada com uma corda no pescoço, dentro do quarto, no início da manhã de segunda-feira.
"Como é que minha filha ia pedir uma coisa dessas se ela se matou, quem se mata não está feliz, não quer festa! Nós estamos muito tristes com a morte da minha filha e agora vem essa falta de respeito com a nossa dor", questiona José de Arimateia de Souza.
O UOL tentou contato com a delegacia de Bayeux, mas as ligações telefônicas não foram atendidas.
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