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Menina morta há 11 anos no PR pode dar nome à estação onde foi encontrada

Rachel Genofre tinha 9 anos quando foi estuprada e assassinada em Curitiba - Reprodução/Facebook
Rachel Genofre tinha 9 anos quando foi estuprada e assassinada em Curitiba Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL

05/11/2019 17h11

A menina Rachel Genofre, morta há 11 anos em Curitiba, pode dar nome à estação rodoferroviária onde seu corpo foi encontrado, na capital paranaense — isso se um projeto protocolado hoje pela vereadora Julieta Reis (DEM-PR) for aprovado em votação.

A ideia partiu da Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana, que em 2018 promoveu um abaixo-assinado e arrecadou mais de 8 mil assinaturas assinaturas favoráveis à homenagem. O documento foi entregue hoje à vereadora, que é Procuradora da Mulher e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Curitiba.

No documento entregue à vereadora, a Frente Feminista explica que o pedido é uma forma de fazer justiça.

"Não basta apenas o responsável estar preso e aguardando julgamento. Queremos que a Prefeitura de Curitiba dê o nome de Rachel Lobo Genofre à rodoferroviária como forma de reconhecer os erros no processo para a solução do crime, como lembrete de que o Estado precisa estar atento e em memória desta inocente que teve sua vida ceifada", diz o texto.

Além das assinaturas no abaixo-assinado, o projeto recebeu apoio de mais de 70 entidades ligadas aos direitos das mulheres.

A mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo Oliveira, estava presente na sessão e disse que a ação pode ajudar a conscientizar a população sobre crimes contra crianças e prevenir que o episódio que vitimou sua filha em 2008 se repita.

"Mais do que justiça, precisamos de prevenção contra a violência, contra as atrocidades cometidas com as nossas crianças, por isso foi entregue o nosso pedido, para que nenhuma outra criança sofra, nem próximo, o que aconteceu com a minha filha", disse.

Entenda o caso

Rachel, então com 9 anos, desapareceu em 3 de novembro de 2008.

Seu corpo foi encontrado dois dias depois dentro de uma mala, envolvido em dois lençóis e nu da cintura para baixo, na rodoferroviária de Curitiba. Ela tinha sacolas plásticas na cabeça e, segundo laudos da polícia, sofreu violência sexual.

Onze anos depois, em setembro deste ano, a polícia finalmente identificou o principal suspeito por meio de um banco de DNA mantido pelo Ministério da Justiça.

O laudo pericial do notebook apreendido com o suspeito Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, revelou que ele fazia buscas por pornografia infantil na internet, segundo informações divulgadas hoje pela Polícia Civil do Paraná.