Adolescente morre após ser atingido por tiro acidental disparado por irmão
Um adolescente de 12 anos morreu após ser atingido por um tiro disparado de forma acidental pelo irmão de 13 anos em um condomínio de luxo em Anápolis, a 60 quilômetros de Goiânia. O caso aconteceu na tarde de ontem na casa da família. Apenas a empregada estava no local, já os pais estavam trabalhando. Os nomes não estão sendo divulgados pela polícia por se tratar de menores de idade.
Em depoimento à polícia, ainda no condomínio, o adolescente de 13 anos contou que estava brincando com o irmão pela casa e foram até o quarto dos pais. Segundo o delegado do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) Vander Coelho, responsável pelo caso, o adolescente tentou abrir o cofre onde estava a arma. "Ele disse que conseguiu anotar os números ao ver o pai abrindo e testou para abrir e deu certo."
O adolescente passou a manusear a arma, que acreditava que estivesse descarregada, quando deu o disparo que atingiu o irmão na região do tórax. Em seguida, ele saiu correndo do quarto e foi pedir ajuda, inicialmente para a empregada da família e depois para vizinhos. Um bombeiro militar, que mora ao lado, prestou os primeiros socorros enquanto a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estava a caminho. Entretanto, os socorristas chegaram ao condomínio e já atestaram a morte do menino.
Para a polícia, o adolescente detalhou como ocorreu o disparo e detalhes pessoais. "Ele contou que tinha bom relacionamento com o irmão e que não tinha intenção de praticar o crime", contou Coelho.
A arma tem mais de 100 anos e era considerada item de colecionador. Segundo o pai dos adolescente, o armamento era uma herança da família e, por isso, não foi registrado. Em depoimento à polícia, o homem contou que tomava todos os cuidados com a arma e não sabia que o filho tinha memorizado a senha do cofre. Segundo o delegado, o pai pode responder por posse ilegal de arma. "Ontem ele estava muito exaltado, não conseguia explicar direito a situação da arma. Caso não tenha registro, pode responder por posse ilegal", observou Coelho.
Já o adolescente vai responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio culposo (sem a intenção de matar). Segundo o delegado, não cabia a detenção dele por não ter sido configurado conduta dolosa (quando há intenção de matar). Já o pai não foi preso por ter se apresentado espontaneamente à polícia.
A empregada foi ouvida informalmente na casa, mas, o conteúdo da conversa não foi revelado. Ela e outras testemunhas devem ser chamadas para depor na delegacia. Segundo o laudo, o laudo da necropsia, que vai apontar a causa da morte, ainda não foi entregue. Agora a polícia tem 30 dias para concluir o procedimento.
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