Doria cria comissão externa e recebe famílias de mortos em Paraisópolis
A passeata de moradores de Paraisópolis, onde nove jovens morreram após uma ação policial em um baile funk na madrugada de domingo (1º), e das famílias das vítimas terminou numa reunião de uma hora com o governador João Doria (PSDB) na noite de quarta-feira (4). No encontro, ficou acertada a criação de uma comissão externa para acompanhar a investigação do caso.
O governador também se comprometeu a receber novamente as famílias e garantiu que não haverá retaliação da Polícia Militar à comunidade. O resultado foi considerado positivo porque abre possibilidade de acompanhar as investigações e laudos por parte da comissão externa.
"A comissão está formada, já foi formalizada. Vamos encaminhar os nomes e teremos a prerrogativa de acompanhar as investigações junto ao Ministério Público, junto à corregedoria da PM e junto à Polícia Civil, os laudos e perícias", explicou Dimitri Sales, presidente do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) e membro da comissão externa.
O grupo também contará com um representante de cada família, um integrante da comissão de direitos humanos da OAB e de entidades que atuam em Paraisópolis.
Irmão de uma vítima, Danilo Amílcar afirmou que houve muita resistência por parte do chefe de gabinete do governador, Wilson Pedroso, em autorizar a conversa. Acrescentou que depois de serem recebidos por Doria, a conversa foi amistosa. Ele disse que ainda ficou acertado que o governador vai receber as famílias das nove vítimas na próxima segunda-feira, às 18h.
"As famílias vão ter acesso às investigações e o governador se comprometeu a não haver retaliações na comunidade", disse.
Segundo nota divulgada pelo governo paulista após o encontro, Doria "reiterou o compromisso de rigor e transparência em relação à investigação das mortes ocorridas na madrugada de domingo."
De acordo com o governo, além de Doria e Dimitri Sales, do Condepe, participaram da reunião o secretário da Segurança Pública, General João Camilo Campos; o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Walter Nyakas; o chefe de gabinete do governador, Wilson Pedroso; e o líder comunitário da favela de Paraisópolis, Gilson Rodrigues.
Passeata pressiona Doria
A reunião aconteceu ao final da passeata organizada por moradores de Paraisópolis. Ela começou na entrada da viela onde ocorreram as mortes e o destino final era o Palácio dos Bandeirantes. Houve muitas palavras de ordem contra Doria e a PM no caminho.
Quando se aproximavam do Palácio, os participantes foram impedidos de chegar por uma barreira policial. Houve e negociação e um grupo foi recebido. Do encontro, foi determinada a instalação da comissão externa e que as famílias serão recebidas pelo governador.
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