Familiares de vítimas de Paraisópolis participam de passeata por justiça
Centenas de pessoas participam de uma passeata que vai de Paraisópolis até o Palácio Bandeirantes e foi convocada em reação à morte de nove participantes de um baile funk na madrugada de sábado para domingo na comunidade. As famílias de três vítimas compareceram ao evento.
O ponto de concentração foi a entrada da viela em que a tragédia aconteceu e os moradores da comunidade atribuem a tragédia a ação da PM (Polícia Militar). Uma faixa pede justiça e vários cartazes foram exibidos, inclusive um que estampa a foto das vítimas.
Os policiais militares envolvidos na operação prestaram depoimento e alegaram que estavam perseguindo dois homens em uma moto porque a pessoa na garupa atirou contra um patrulhamento da Rocam. Os supostos criminosos teriam entrado no baile, feito mais disparos e provocado tumulto que terminou nas mortes por pisoteamento.
A organização da passeata divulgou uma carta com nove pedidos, entre eles, pedem investigação transparente, que o governador João Doria receba as famílias das vítimas, a não criminalização do funk e opções de lazer em Paraisópolis.
"O que nós queremos aqui é que essa ação seja investigada e que os responsáveis sejam julgados", disse Danilo, irmão de Denys Henrique Quirino da Silva, jovem de 16 anos morto na ocasião.
Ao falar para os manifestantes, Danilo criticou a postura do governador João Doria, responsabilizou a Secretaria de Segurança Pública do Estado e disse: "A gente entende que o que aconteceu aqui não foi uma fatalidade, o que aconteceu aqui não foi sem querer".
Raquel Cruz, mãe de Gustavo Cruz, 14 anos, era só perguntas. "Quero saber por quê? Qual o motivo? Por que num baile funk, mas não fecha rave que dura três dias. Quero respostas. Eles eram jovens".
PM barra passagem
A manifestação tinha destino o Palácio dos Bandeirantes. Mas não foi possível num primeiro momento porque a Polícia Militar formou uma barreira antes.
Um oficial que se identificou como capitão Telhada informou que havia duas determinações do comando: não passar motos e selecionar uma comissão para ir até a frente do Palácio.
Houve negociação e os participantes da passeata, a PM e o Palácio dos Bandeirantes buscavam um entendimento. Enquanto aguardavam reposta, os integrantes da passeata soltaram fogos de artifício. A situação é acompanhada por jornalistas, pessoas ligadas a movimentos sociais e familiares das vítimas.
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