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Suspeito de atear fogo e matar morador de rua em São Paulo é preso

Morador de rua morre após ter corpo incendiado na Mooca, em São Paulo - Reprodução
Morador de rua morre após ter corpo incendiado na Mooca, em São Paulo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

08/01/2020 08h52Atualizada em 08/01/2020 12h09

Resumo da notícia

  • Polícia não revelou a identidade do suspeito para que investigação não seja prejudicada
  • Câmeras gravaram o momento em que uma pessoa joga substância líquida sobre vítima
  • Carlos Roberto Vieira da Silva, 39, que estava deitado na calçada, teve 70% do corpo queimado

A Polícia Civil prendeu na madrugada de hoje o suspeito de atear fogo em um morador de rua no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, no último domingo (5).

Carlos Roberto Vieira da Silva, 39, estava deitado em uma calçada quando teve o corpo incendiado. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelas queimaduras. Ele teve 70% do corpo queimado.

Segundo o delegado Glauco Vinicius Silva, do 18º DP (Distrito Policial), que acompanha o caso, a identidade do suspeito não foi revelada para que as investigações não sejam prejudicadas.

O delegado ainda disse ser pouco provável que o suspeito consiga provar que não ateou fogo no morador de rua "porque quis".

O crime

Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento em que uma pessoa se aproxima de Carlos Roberto Vieira da Silva e joga algum tipo de substância líquida sobre a vítima. Em seguida, uma explosão acontece e o suspeito do ataque foge.

Carlos, que estava dormindo no momento do crime, chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros ainda com vida. Ele foi internado no Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, mais conhecido como Hospital do Tatuapé, mas não resistiu às queimaduras e morreu no mesmo dia.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte ontem e informou, em nota, que o corpo de Carlos foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Um recipiente encontrado no local foi encaminhado para a perícia, que ainda analisa a evidência. Segundo Silva, as investigações indicam se tratar de um tipo de combustível comercializado em postos, como gasolina ou etanol.

"O laudo confirmando [a substância utilizada no ataque], a gente vai atrás de onde ele comprou esse combustível também", garantiu o delegado.