MG: Polícia Civil vai apurar morte de mulher em clínica estética
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que instaurou um inquérito para apurar as causas da morte e eventuais responsabilidades pela morte de uma mulher em uma clínica estética no centro de Belo Horizonte ontem.
De acordo com José Maria Rabelo Vasconcelos, médico responsável pela aplicação, a paciente começou a se sentir mal durante a aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato), substância usada para preenchimento, nos glúteos.
"Eu injetei uma seringuinha de 3 ml, quando fui injetar a outra seringuinha (de) 1 ml, ela começou a ficar ofegante. Nós paramos o procedimento, eu tenho oxigênio, chamamos o Samu. (...) Eu não sei de coração o que aconteceu com ela", relatou ele à imprensa.
Vasconcelos prestou depoimento ontem na Deplan 2 (Delegacia de Plantão 2) e foi liberado. A Polícia Civil informou que aguarda o resultado do laudo do IML (Instituto Médico Legal). Segundo o médico, a mulher era sua paciente há dois anos e já havia feito outros procedimentos com o mesmo produto.
"Eu tenho 46 anos de medicina, sou pós-graduado na França e na Argentina, nunca tive nenhum problema desse estilo. Estou completamente traumatizado com o que aconteceu, foi uma grande fatalidade", disse.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que a Vigilância Sanitária interditou a clínica e que o local tinha alvará somente para realizar consultas.
O CRM-MG (Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais) informou ter tomado conhecido do caso pela imprensa e abrirá uma sindicância para apurar os fatos, seguindo o protocolo de procedimentos estabelecidos pelo CPEP (Código de Processo Ético Profissional).
"Esses procedimentos correm sob sigilo. Obedecendo ao CPEP, somente as penalidades públicas impostas aos médicos poderão ser divulgadas", diz o comunicado.
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