Suspeitos de matar família no ABC serão indiciados ao fim do inquérito
A Polícia Civil de São Paulo afirmou hoje que os cinco suspeitos de assassinar uma família em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, serão indiciados assim que o inquérito acabar. O casal de empresários Romuyuki e Flaviana Gonçalves, de 43 e 40 anos, respectivamente, e o filho Juan Victor, 15, foram encontrados mortos dentro de um porta-malas de um veículo no último dia 28. O carro, que era de Flaviana, foi incendiado junto com os corpos.
No momento, a investigação ainda está em andamento e não a polícia ainda apura quais seriam as motivações do crime. Ana Flávia, filha mais velha do casal assassinado, e sua namorada, Carina Ramos, são as principais suspeitas. Elas e outros três suspeitos — entre eles dois primos de Carina — estão sob prisão temporária.
Na semana passada, Juliano de Oliveira Ramos Júnior, 22, um dos primos de Carina, foi preso. Ontem, Jonathan Fagundes Ramos, irmão de Juliano, se entregou à polícia. Também está detido Guilherme Ramos da Silva, que foi preso junto a pertences que foram roubados da família.
No último dia 5, Ana Flávia e Carina confessaram que armaram um assalto à residência das vítimas. A informação foi revelada pelo advogado que representa o casal, Sebastião Siqueira. Elas prestaram pelo menos dois depoimentos contraditórios, com versões distintas, antes de assumirem a participação no crime. As duas, entretanto, negam que tenham qualquer relação com as mortes.
R$ 85 mil
Um dia antes de confessarem, Juliano prestou depoimento aos policiais e afirmou que Carina foi "mentora intelectual" do crime. Segundo a polícia, ele apresentou uma versão em que ele e outros dois homens chegaram à casa da família junto com Carina, Ana Flávia, Romuyuki e Juan.
Eles estavam atrás de R$ 85 mil que estariam guardados em um cofre, e trancaram pai e filho em quartos separados. Os suspeitos então se irritaram com o fato de Romuyuki não saber a senha do cofre. O pai argumentou que somente Flaviana teria a senha.
Depois que conseguiram abrir o cofre e constatarem que não havia o dinheiro. Dessa forma, os suspeitos que estavam na casa, incluindo Carina e Ana Flávia, ainda de acordo com a polícia, decidiram matar a família.
Carina usou uniforme de sogra morta
Na madrugada do crime, o uniforme de Flaviana foi usado por Carina Ramos para passar despercebida na portaria do condomínio em que as vítimas viviam, segundo a Polícia Civil.
As autoridades já haviam informado que o porteiro do condomínio disse que viu Flaviana dirigindo seu carro pela última vez antes de o veículo ser encontrado queimado com os corpos dentro.
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