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Ministro da Infraestrutura critica Witzel e garante aeroportos abertos

Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura - AMANDA PEROBELLI/Reuters
Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura Imagem: AMANDA PEROBELLI/Reuters

Colaboração para o UOL

20/03/2020 13h38

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foi incisivo hoje ao contrariar determinação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e garantiu que os aeroportos fluminenses seguirão abertos até segunda ordem.

Ontem, Witzel baixou um decreto que fechava as fronteiras do estado, incluindo os voos domésticos, como medida de prevenção ao coronavírus. "Padece de legalidade. Não vai haver fechamento de aeroportos, é de competência nossa. Existem efeitos colaterais", afirmou o ministro em entrevista à Globonews.

"Nós não vamos permitir o fechamento, o decreto do governador não tem legalidade alguma. Fomos consultados, mas fomos contra. Mesmo assim eles editaram", complementou.

A preocupação de Tarcísio é também com o transporte rodoviário. "Imagina um paciente que precisa de insumo para hemodiálise. O Rio de Janeiro não produz proteína animal, como o carioca vai se alimentar?", indagou. "Nós não podemos criar barreiras sanitárias que impeçam a circulação de combustíveis e de gêneros (alimentícios)."

O desabastecimento é o principal efeito da epidemia do coronavírus que a pasta quer evitar. Para isso, ele prometeu em breve novas medidas que possam garantir a continuidade das atividades portuários e dos caminhoneiros."É muito importante garantir que a logística aconteça porque o que pode agravar a crise é o desabastecimento. Estamos estudando uma série de medidas como segurança do trabalhador portuário, do caminhoneiro, porque o transporte rodoviário é essencial", disse.

Tarcísio também se esquivou da rixa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador do Rio. "Não é momento para disputa política, é absolutamente supérfluo. Tem que pensar no bem-estar da população. A gente compreende estados que tentam fechar fronteiras, só que isso tem efeitos colaterais", reforçou o ministro.

"Nesse momento de crise é importante cumprir a legislação. A gente não pode entrar numa situação de desordem se a gente quer passar bem por essa crise, e nós vamos passar. Porque o brasileiro é criativo, é inteligente e é solidário", finalizou.