GO: Governador usa alto-falante para dispersar idosos em posto de vacinação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), foi mais uma vez, hoje, às ruas de Goiânia pedir pessoalmente que as pessoas não ficassem em aglomerações e fossem para casa, diante do quadro de pandemia do novo coronavírus. Desta vez, ele se deslocou do Palácio das Esmeraldas, palácio do governo que fica no Centro da cidade, até um dos pontos de vacinação da gripe H1N1 para orientar os idosos que estavam na fila desde o início da manhã. Ele decidiu tomar a iniciativa, após saber que tinham pessoas enfileiradas no local e aguardando pela vacinação há mais de três horas.
Esta é a segunda vez que Caiado faz algo do tipo. Na manifestação favorável ao governo federal e contrária ao congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida no último dia 15 de março, ele, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi até os manifestantes que estavam aglomerados na Praça Cívica, em frente ao palácio do governo, pedir que interrompessem o ato e fossem para casa. A receptividade não foi boa e ele acabou sendo vaiado pelas pessoas que estavam no local.
Caiado, que é médico, expressou frustração hoje ao perceber que, mesmo com toda a operação montada para orientar e dividir os locais de vacinação, os idosos ainda estavam aglomerados e aguardando muito tempo pela vacina. Ele se dirigiu até a porta do estádio da Serrinha, do Goiás Esporte Clube, na zona sul da cidade, por volta do meio dia de hoje e tentou falar espontaneamente com as pessoas que aguardavam para serem vacinadas. Sem conseguir ser ouvido por todos, ele foi orientado por bombeiros que o acompanhavam a utilizar o alto-falante da viatura. Com máscara de proteção, Caiado entrou no veículo e começou a falar com os idosos que permaneciam aglomerados.
Nas redes sociais, o governador explicou o ocorrido. "De repente, sou informado que idosos, o grupo mais vulnerável ao coronavírus, estavam aglomerados em frente ao campo do Goiás, há mais de três horas, sob um sol escaldante, sem se hidratar corretamente, fazendo exatamente o contrário do que a gente recomendou", escreveu. Caiado expôs que os idosos foram expostos a tal situação, porque a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia não teria repassado a vacina para os outros locais de vacinação. "Fui ao local para dispersar a fila", complementou.Em nota, a SMS alega que a vacina está sendo aplicada de forma descentralizada em 73 locais da capital goiana e que a aglomeração em frente ao campo do Goiás ocorreu porque, historicamente, é um dos pontos mais procurados. Segundo o órgão, houve, ainda, a circulação de uma notícia falsa de que faltaria vacinas nos outros pontos e isso gerou a concentração da procura. As equipes foram reforçadas no local após o ocorrido, informa a secretaria.
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