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Atropelador de grupo de ciclistas em Porto Alegre é preso em SC

Lucas Azevedo

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

13/05/2020 15h27Atualizada em 14/05/2020 09h59

O homem que em 2011 atropelou um grupo de ciclistas em Porto Alegre foi capturado na manhã de hoje, em Santa Catarina. Ricardo Neis, 56, estava foragido desde outubro do ano passado, depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou sua prisão decorrente da sentença penal condenatória.

Neis, ex-servidor do Banco Central, foi condenado em 2016 por 11 tentativas de homicídio e cinco lesões corporais. O Tribunal do Júri de Porto Alegre havia estipulado a ele uma pena de 12 anos e 9 meses de reclusão. Na época, Neis recorreu da sentença em liberdade. Em outubro do ano passado, a Justiça determinou seu encarceramento. Desde então, não foi mais encontrado.

"Ele fugiu e nunca mais foi visto, motivo pelo qual iniciou-se uma investigação nesta delegacia especializada com o objetivo de localizar seu paradeiro", afirmou o delegado Arthur Raldi, da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais do RS. Neis foi conduzido a Porto Alegre.

Em 25 de fevereiro de 2011, Neis avançou em direção a um grupo de cerca de cem ciclistas que bloqueavam a rua José do Patrocínio, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Eles faziam parte do grupo Massa Crítica, que defendia um trânsito com menos automóveis. Neis, que estava acompanhado do filho adolescente, acabou acelerando seu Volkswagen Golf após discussão com os manifestantes e fugiu. O veículo foi encontrado abandonado na madrugada seguinte.

Neis se apresentou à polícia três dias depois. Em sua defesa, alegou que foi cercado e insultado pelo grupo, e abriu caminho para se proteger. Ele chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico após a prisão, antes de passar algumas semanas no Presídio Central de Porto Alegre. Mas acabou sendo beneficiado por um habeas corpus.

A reportagem tentou contato com a defesa de Neis, porém seu antigo advogado informou que não acompanha mais o cliente desde o julgamento. Nenhum representante do condenado foi localizado até a publicação deste texto.