Bruno Covas diz que trabalhar o ajuda no tratamento contra o câncer
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que estar trabalhando na prefeitura e no combate ao coronavírus está ajudando a lidar com o seu tratamento de câncer nos gânglios linfáticos. A doença foi descoberta em outubro de 2019, após o prefeito ser internado para um tratamento de infecção na pele.
Na entrevista ao jornal CN Notícias, da emissora de televisão Canção Nova, o prefeito afirmou que manter a saúde mental durante o tratamento contra a doença é fundamental e relembrou uma fala do seu médico após informar o seu diagnóstico.
"A gente sabe que, quanto mais útil a gente é, mais a gente consegue segurar a cabeça. E segurar a cabeça num momento como esse de tratamento é fundamental. Eu lembro do médico quando veio me contar que eu estava com câncer. Ele falou: 'olha, o jeito que você enfrenta isso, o jeito que você atravessa isso, é 90% do tratamento'. Então, poder trabalhar também é uma forma que me ajuda no meu tratamento", explicou Covas.
O prefeito comentou que realizou oito sessões de quimioterapia que fizeram "sumir" dois dos seus três tumores. Desde fevereiro deste ano, o prefeito realiza imunoterapia — tratamento com o uso de anticorpos monoclonais para estimular o sistema imunológico em sessões que duram cerca de 30 minutos. Segundo Covas, o tratamento "já começou a reduzir o tumor que está sobrando".
O tucano ainda ressaltou que a sua posição de seguir trabalhando no combate à pandemia na cidade de São Paulo e morar na prefeitura ocorreu com o acompanhamento de seus médicos.
"Não fiz nada à revelia e, em nenhum momento, coloquei a minha ação, o meu trabalho, na frente da minha saúde. Fiz os dois conjuntamente. Cuidar de mim e cuidar também de 12 milhões de pessoas, esse é o meu desafio, essa é a minha meta".
Em março, o prefeito anunciou que iria se mudar para o prédio da prefeitura para acompanhar a evolução da pandemia na cidade. Após cerca de 70 dias, na última semana, o político voltou a morar em sua casa, porém, afirmou que se a cidade voltar para a fase crítica da pandemia, ele voltará a morar na sede da prefeitura.
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