Horário limitado dos shoppings permite rodízio de funcionários, diz Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu hoje o esquema adotado para a reabertura dos shoppings na capital paulista. Segundo Covas, o funcionamento limitado — quatro horas, fora horário de pico — evita aglomerações e ainda permite que lojas façam rodízio de funcionários, evitando, assim, a contaminação pelo novo coronavírus.
"Quatro horas permitem que os setores continuem a fazer rodízio de funcionários e deixar por último a mulher trabalhadora que ainda está com os filhos, já que as creches e escolas estão fechadas", disse o prefeito em entrevista à CNN Brasil. "[O esquema] permitiu um escalonamento do horário de abertura dos shoppings. Com isso, dilui a abertura durante o dia e evita mais aglomerações nos transportes públicos".
O prefeito ressaltou, porém, que não cabe apenas às lojas seguir o protocolo de reabertura, mas também à população. Ele pediu que os paulistanos não saiam de casa se não for necessário, mesmo que os shoppings estejam disponíveis. "Não podemos responsabilizar os estabelecimentos pelo que acontece na rua", completou.
Aglomerações nas ruas
Questionado sobre a intensa movimentação de pessoas registradas em ruas comerciais, como a 25 de março, Covas disse que alguns setores são parceiros da cidade no processo de reabertura e, se os índices da covid-19 piorarem, esses estabelecimentos têm consciência de o comércio voltará a fechar em São Paulo.
"Temos [uma parceria] junto com eles para fiscalizar dentro dos estabelecimentos também. Eles estão controlando veículos no entorno das ruas comerciais para segurar o máximo possível a aglomeração e, daqui alguns dias, vamos ter números mostrando a quantidade de pessoas no sistema público de transporte e a taxa da doença. Todo o controle com os números está sendo tomado", garantiu.
Apesar das medidas preventivas, o prefeito reforçou o apelo por colaboração, uma vez que a capital paulista já tem 70% dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) ocupados. "A pandemia não acabou. O que teve foi a estabilização dos números que permitiram discutir a abertura, mas precisamos continuar evoluir. Não é porque chegamos neste momento que vencemos a pandemia", reconheceu Covas.
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