Doria promete multar empresa que não entregou respiradores a São Paulo
O governador de São Paulo João Doria (PSDB) disse que o estado aplicará multa na Hichens Harrison & Co, com quem cancelou contrato. As negociações com a empresa americana levaram Doria a ser investigado pelo Ministério Público (MP) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O tucano listou quatro passos que o governo e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) decidiram adotar: cancelamento do contrato, devolução do dinheiro ao estado, aplicação de multa e inabilitação da Hichens Harrison de atuar em São Paulo.
"As medidas legais já foram adotadas pela Procuradoria-Geral do Estado. Não podíamos tomar medidas antes, pois o contrato estava em vigor", disse ele em entrevista à rádio BandNews FM na manhã de hoje.
De acordo o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, somente 30% dos equipamentos previstos chegaram ao Brasil. A aquisição foi controversa e levou o MP e o TCE a abrirem investigações sobre a negociação.
"Com um dos fornecedores, o contrato terminou ontem e, nesse sentido, não houve a entrega total do que estava acordado. Em questão disso, está cancelado o contrato. Passaremos de uma fase operacional para uma jurídica de encerramento", afirmou Germann em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes ontem.
Doria disse que já ter recebido garantias da empresa em relação à devolução do dinheiro. "Eles já foram comunicados. Nos garantem que farão a devolução do dinheiro antecipado, antecipação de parte do pagamento", explicou ele.
O governador também afirmou que não haverá sucateamento de respiradores em "nenhum estado brasileiro" e que há médicos o suficiente para tratar a pandemia em São Paulo.
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