Grupos extremistas pró-governo são alvo de operação da Polícia Civil no DF
A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã de hoje em uma chácara identificada como ponto de apoio dos grupos conhecidos como "300 do Brasil", Patriotas" e "QG Rural", formados por apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro.
A chácara está localizada na região de Arniqueira (DF), a 22 quilômetros de Brasília, e tem duas casas. Foram apreendidos fogos de artifício, planos de ação para manifestações, celulares, um facão, um cofre e outros materiais que seriam usados em protestos.
A apreensão acontece uma semana depois da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) ter sido atacada com fogos de artifício.
Duas pessoas estavam na chácara no momento da operação e havia barracas montadas em uma das casas. Não houve prisões. A polícia também encontrou várias câmeras de segurança que cobrem toda a extensão do local.
Cerca de 30 policiais da CECOR (Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA) participam da operação.
Os integrantes dos grupos são investigados por crimes de milícia privada, ameaças e porte de armas.
Questionada pelo UOL, a Polícia Civil não informou se os materiais apreendidos seriam usados nos protestos pró-governo de hoje em Brasília. Atos voltaram a pedir o fechamento do STF e manifestantes simularam uma "via crúcis" em defesa do presidente na capital federal.
Na última segunda-feira, a líder do grupo "300 pelo Brasil", Sara Winter, foi presa pela Polícia Federal. Outros cinco mandados de prisão também foram expedidos na ocasião.
As prisões foram decretadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) no inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas. Ela teve o pedido de habeas corpus negado e segue presa em Brasília.
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