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RJ: Operação mira suspeita de fraudes envolvendo licitações da Cedae

Vista do prédio da Cedae, no Rio de Janeiro - Mauro Pimentel/AFP
Vista do prédio da Cedae, no Rio de Janeiro Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Do UOL, em São Paulo*

01/07/2020 10h15

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro cumpre 14 mandados de busca e apreensão na manhã de hoje relativos a suspeitas de fraudes em licitações envolvendo a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro).

Batizada de Águas Claras, a operação em conjunto com o Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado (TCE) apura um esquema que pode ter causado prejuízo de R$ 63 milhões aos cofres públicos entre 2017 e 2018.

De acordo com comunicado da Polícia Civil, os alvos dos mandados de busca e apreensão são empresários e funcionários de uma empresa de engenharia e agentes e ex-diretores da Cedae.

A nota ainda diz que o grupo "agia praticando dispensa de licitações, assim como superfaturamento na aquisição de produtos". A suspeita é de que os empresários pagavam propina para funcionários e ex-diretores da Cedae. Prefeituras do interior do Rio de Janeiro também são investigadas.

"O esquema consistia no uso de informações privilegiadas passadas por funcionários. Eles acessavam o sistema, por meio de senha, e passavam aos empresários o andamento de processos de dispensa de licitação. Dessa forma, os empresários procuravam os ex-diretores da estatal, e após o pagamento de propina recebiam as vantagens indevidas. Os pagamentos eram realizados em dinheiro, uso de cartão corporativo ou mesmo aluguel de carro", diz o comunicado da Polícia Civil.

A Cedae informou que "está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações".

*Com informações da Agência Brasil