RJ tem aglomerações em bares no 1º dia de reabertura; moradora vê "absurdo"
As ruas do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, ficaram lotadas na noite de ontem, dia em que bares e restaurantes foram autorizados a reabrir suas portas ao público após três meses de paralisação devido à pandemia do novo coronavírus.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram pessoas aglomeradas, em desrespeito ao distanciamento social, e sem máscara. Segundo moradores, os estabelecimentos continuaram em funcionamento após as 23h, horário de fechamento estipulado pela prefeitura.
Em um vídeo que circula na internet, o bar Boa Praça, no Leblon, aparece com mesas e cadeiras na calçada, com clientes flagrados bem próximos uns dos outros. Todas as mesas disponibilizadas pelo bar estavam ocupadas e pareciam não respeitar a distância de dois metros estipulada pela Prefeitura.
Na gravação, um homem comemora a reabertura do bar e xinga o coronavírus, responsável pelas determinações de isolamento decretadas com objetivo de combater o avanço da doença.
"Tudo voltando ao normal, graças a Deus. Vai tomar no c* máscara e vai tomar no c*, corona", disse o cliente.
O homem está na parte externa do bar, que antes da pandemia já reunia dezenas de clientes na calçada. A diferença é que grades foram colocadas ao redor das mesas para controlar o acesso de clientes. No entanto, não havia distanciamento entre as mesas.
Procurada para comentar a desobediências das normas de funcionamento para bares e restaurantes, a Prefeitura do Rio ainda não se pronunciou. O Bar Boa Praça também foi procurado pelo UOL, mas até o momento, a reportagem não obteve retorno do estabelecimento.
Na Rua Dias Ferreira, no Leblon, tradicional reduto boêmio, clientes tomaram as calçadas e não respeitaram as normas de distanciamento determinadas pela prefeitura.
Uma moradora do bairro disse que ficou surpresa com toda a aglomeração. "Eu consigo ver da minha janela a movimentação. É um verdadeiro absurdo. Todo mundo junto como se a pandemia tivesse acabado, como se todos estivessem seguros para levar uma vida normal. Acho que fracassamos como sociedade", lamentou ao UOL a moradora, que pediu para não ter a identidade revelada.
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