PF conclui investigação de incêndio no Museu Nacional e descarta crime
A PF (Polícia Federal) anunciou hoje que concluiu a investigação sobre o incêndio que destruiu a sede do Museu Nacional no Rio de Janeiro, em setembro de 2018. O inquérito descartou a hipótese de ação criminosa e aponta para a possibilidade de o fogo ter começado em um aparelho de ar condicionado.
A perícia policial concluiu que as chamas tiveram origem no Auditório Roquette Pinto, localizado no primeiro andar e próximo à entrada principal do museu. Um ar condicionado que ficava no auditório pode ter sido a causa do incêndio.
Além de descartar a possibilidade de incêndio criminoso, a PF decidiu por não caracterizar a conduta dos gestores do museu como omissa porque a administração da instituição estava tocando um processo de adequação das instalações ao CSCIP (Código de Segurança contra Incêndio e Pânico).
A investigação apurou que pouco mais de três anos do incêndio, em agosto de 2015, o Corpo de Bombeiros iniciou uma fiscalização na sede do museu. O processo, porém, não foi concluído e o oficial dos Bombeiros responsável, que não teve seu nome divulgado, foi punido administrativamente por isso.
A fiscalização motivou a diretora do Museu Nacional e o reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), instituição à qual o museu é ligado, a iniciarem tratativas para a revitalização do prédio com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O contrato chegou a ser assinado em junho de 2018, mas a verba não foi liberada antes da tragédia.
O incêndio consumiu a sede localizada no palácio imperial Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. O incidente é considerado a maior perda histórica e científica do Brasil, já que cerca de 90% do acervo do Museu Nacional foi perdido segundo a direção da instituição, que abrigava 20 milhões de itens históricos.
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