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Operação contra milícia na Zona Oeste do Rio mira dois policiais militares

Milícia tinha entre as principais atividades criminosas o tráfico de drogas e de armas de fogo - Getty Images/iStockphoto
Milícia tinha entre as principais atividades criminosas o tráfico de drogas e de armas de fogo Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

09/07/2020 08h38

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), a DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) da Polícia Civil e a Corregedoria da PM (Polícia Militar) atuaram em conjunto na manhã de hoje para deflagrar a Operação Porto Firme no Rio de Janeiro. A ação é contra uma milícia que atua na Zona Oeste da cidade e mira dois policiais militares.

Os agentes envolvidos com o crime estão entre os 16 mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, a pedido do MP-RJ. A operação ainda cumpre mais 51 mandados de busca e apreensão contra a milícia, que tem como foco a região de Vargem Grande, Vargem Pequena e bairros próximos.

Segundo o MP-RJ, a milícia carioca é responsável por crimes como tráfico de drogas e de armas de fogo, extorsões, homicídios, agiotagem e corrupção ativa.

A investigação concluiu que a principal atividade dos milicianos era o tráfico de drogas, mas o grupo também usava a violência para proteger seus integrantes contra inimigos. Eles intimidavam e até assassinavam quem consideravam adversários.

O inquérito apontou o oficial da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, também conhecido como "Capitão", como líder da milícia. Já o cabo Fernando Mendes Alves, conhecido como "Biro", era responsável pela proteção do grupo, chegando a intervir em ações da Polícia Civil.

A investigação do MP-RJ é consequência da apuração da morte de Marcus Vinícius Calixto. A vítima foi assassinada em 2018, em Vargem Grande. Por meio de escutas telefônicas, a morte foi ligada à milícia investigada, que teria a vítima como um obstáculo aos seus interesses na região.