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Testemunha afirma que jovem picado por naja traficava cobras, diz jornal

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado por uma cobra naja - Arquivo pessoal
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado por uma cobra naja Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL , em São Paulo

24/07/2020 08h13Atualizada em 24/07/2020 18h10

Uma testemunha ouvida pela polícia do Distrito Federal afirmou que Pedro Henrique Krambeck, 22, estudante picado por uma naja, comprava e vendia cobras exóticas desde 2019, de acordo com reportagem publicada hoje pelo jornal "Correio Brasiliense".

A testemunha, que é um conhecido do estudante, disse em seu depoimento saber que Krambeck mantinha cobras em casa e que ele as vendia ilegalmente.

À polícia, a testemunha ainda afirmou que Gabriel Ribeiro, amigo de Krambeck que foi preso temporariamente nesta semana, havia sido encarregado de esconder as cobras e que os dois são "imaturos, mas articulados, descolados e, visivelmente, engajados com o tema de animais silvestres".

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, o estudante preso é suspeito de integrar um esquema criminoso voltado à prática de crimes ambientais.

O jovem picado pela naja é aguardado para prestar depoimento no início de agosto, após apresentar um atestado médico.

Servidora do Ibama é afastada

Ontem, a Justiça atendeu pedido do Ibama e determinou o afastamento da servidora Adriana da Silva Mascarenhas, que atuava também como coordenadora do CETAS/DF (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres).

No pedido, o Ibama citou "fortes indícios" do envolvimento de Mascarenhas "com fatos investigados relacionados à organização de tráfico internacional de animais silvestres". O órgão também citou "prática de ato de improbidade na emissão de licenças para transporte de animais."