Pai de motociclista morto por PM em SP diz que filho não roubou moto
O pai do motociclista morto por um policial militar na madrugada do último sábado (25) em São Paulo disse hoje em entrevista ao jornal "SP1", da TV Globo, que seu filho não roubou a moto e que ele estava apenas "dando uma volta" no que pensava ser o veículo de um amigo.
"Ele pediu a moto para dar uma volta. Deixaram ele andar na moto e nisso que ele saiu com a moto para dar uma volta começou a chegar polícia, aí ele correu da polícia, já que ele não era habilitado nem nada", afirmou.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, a moto que o homem conduzia havia sido dada como roubada horas antes da abordagem. O proprietário do veículo reconheceu o homem morto como o autor do roubo.
O motociclista foi morto a tiros no último sábado por um policial militar em meio a uma abordagem. O homem chegou a ser socorrido e levado para um hospital na região, mas não resistiu. O agente foi preso em flagrante.
Imagens de uma câmera de segurança mostram o motociclista em alta velocidade pela rua e, poucos segundos depois, retornando desequilibrado pela mesma via.
Em seguida, surge atrás do motociclista um policial militar com uma arma em punho. Com o homem se desequilibrando e já se preparando para descer do veículo, o PM efetua o disparo, atingindo o motociclista pelas costas.
No mesmo dia, o ouvidor da Polícia Militar, Elizeu Soares Lopes, chamou a ação de "inaceitável" e disse que vai pedir informações à SSP sobre o inquérito contra o policial.
"O Estado democrático de direito não comporta justiçamento. A imagem é clara em mostrar que o homem estava rendido e não apresentava perigo ao policial militar", afirmou.
De acordo com a SSP, o caso será investigado pela DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Ainda segundo o órgão, a PM instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) e trabalha no esclarecimento dos fatos.
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