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PF faz operação contra grupo que vendia armas e enviava pelo correio

Do UOL, em São Paulo

29/07/2020 07h48

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a Operação Mercado das Armas, que investiga suspeitos de integrarem um grupo especializado no tráfico internacional de armas de fogo e acessórios.

Cerca de 130 policiais cumprem 25 mandados de busca apreensão e um de prisão preventiva em oito estados: Paraná, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. As medidas judiciais foram autorizadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou a atuação de suspeitos nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, que atuavam em associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino outros estados brasileiros.

Foram feitas apreensões de armas de fogo e acessórios escondidos dentro de equipamentos, como rádios, climatizadores e panelas elétricas, que eram remetidos e transportados pelos Correios e por transportadoras privadas.

Esses objetos eram importados do Paraguai pelos investigados e contavam com o auxílio de atravessadores paraguaios para trazê-los ao Brasil, segundo a PF.

Um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni, que, em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft, era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.

A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados poderão ter penas de até 12 anos de prisão.