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Bruno Covas: SP tem queda de óbitos há 9 semanas, mas 'quarentena continua'

Bruno Covas (PSDB): "a quarentena continua na cidade apesar do momento de flexibilização" - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Bruno Covas (PSDB): "a quarentena continua na cidade apesar do momento de flexibilização" Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/08/2020 15h37

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, celebrou hoje a notícia de que a capital paulista registra há 9 semanas queda no número de óbitos em decorrência do coronavírus, mas alertou: "a quarentena continua na cidade apesar do momento de flexibilização".

Em entrevista à CNN, Covas lembrou que todos os serviços reabertos têm algum tipo de restrição, seja de horário ou no número de pessoas, e que "é dessa forma que a gente vem conseguindo reduzir os óbitos semanais".

"Garantimos algo na cidade de São Paulo que várias cidades não puderam garantir: nós tratamos todo mundo que buscou a rede pública. Em várias cidades europeias, médicos tiveram que escolher quem seria ou não entubado, mas a gente conseguiu atender a toda a população. A gente conteve o crescimento, conteve a doença, passamos pelo platô e agora os índices vão regredindo", afirmou.

A prefeitura de São Paulo divulgou hoje os resultados do 4º inquérito sorológico do município, que revelou maior incidência da covid-19 em bairros periféricos e entre a população negra.

Covas disse que a prefeitura realiza força-tarefa para reduzir a fila de espera por vagas na Cohab (Companhia de Habitação Popular), se referindo à alta incidência de contaminação no transporte público e à dificuldade de realizar o distanciamento social em casas pequenas com grande número de pessoas.

"Temos 300 mil pessoas aguardando vaga na fila da Cohab... Uma coisa é ter isolamento num apartamento de 150 metros quadrados, com uma família de três pessoas, outra é isolamento em 40 metros quadrados e oito, dez pessoas morando", reconheceu o prefeito.

Covas informou que a prefeitura está subsidiando o transporte público com R$ 1,2 bilhão, para garantir que a oferta de transportes seja maior do que a demanda de passageiros e, com isso, evitar a superlotação. "Estamos com 55% da demanda de passageiros que tínhamos antes e com 85% dos ônibus circulando, isso dá 30% a mais quando comparamos demanda e oferta", disse.

Imunidade de rebanho

Questionado sobre imunidade de rebanho, Covas negou que seja uma solução para a capital paulista, diante da pandemia da covid-19, e lembrou que ainda não há consenso científico a respeito do tema.

"Não é a forma mais adequada [de lidar com a pandemia]. Países que apostaram inicialmente retrocederam depois, como o Reino Unido, e ainda não há conclusão na área da ciência sobre qual é o índice que a população deve ter para chegar à imunidade de rebanho", disse. "Essa não é uma questão buscada pela prefeitura".