RS: Pai é preso suspeito de matar bebê a pauladas por choro da criança
Um jovem de 19 anos foi preso na noite de ontem em Alegrete, a 510 km de Porto Alegre, suspeito de matar o filho de 1 ano e 8 meses a pauladas por causa do choro do bebê. De acordo com a Polícia Civil, quatro dias após a agressão, o bebê teve convulsões e foi levado para a Santa Casa da cidade. Os hematomas pelo corpo do menino fizeram com que os profissionais do local suspeitassem de maus-tratos.
O bebê Márcio dos Anjos Jaques morreu na madrugada de ontem com hemorragia cerebral e traumatismo craniano. Após a morte, a polícia passou a investigar o caso. Segundo o delegado responsável pela investigação, Valeriano Garcia Neto, o pai do menino foi detido após a polícia fazer buscas pela cidade.
"A princípio ele negou o crime, mas confrontado pelas evidências, acabou confessando", disse o delegado. "A criança tinha hematomas na cabeça, nos braços e nas pernas. Os exames mostram que havia lesões antigas, o que indica que isso já vinha acontecendo antes", completou.
O advogado Fábio Boeira, que não é o responsável pela defesa do suspeito, mas acompanhou o depoimento dele, disse que o homem não confessou o crime. "Ele admitiu que agrediu o menino, mas não com tamanha proporção para causar estes ferimentos no bebê", salientou. De acordo com o advogado, o depoimento ocorreu normalmente, sem nenhum tipo de coação. O suspeito ainda não tem defesa definida.
A polícia informou que o crime é investigado como homicídio qualificado por se tratar do pai da criança, pela forma cruel de execução e por ela não ter como se defender, já que se trata de um bebê. O inquérito deve ser concluído em até dez dias.
Choro do bebê
De acordo com a polícia, na quinta-feira (13), o suspeito teria agredido o filho com um pedaço de madeira. A polícia não encontrou o objeto em questão, pois o suspeito mora em uma lenharia com os seus irmãos.
"Ele alegou que se irritou com o choro do bebê e o agrediu", afirmou o delegado. "Após a agressão, ele foi trabalhar no campo e só retornou no domingo. Neste período, o bebê ficou sob a guarda dos tios. Quando voltou, a criança teve convulsões e foi levada para a Santa Casa", disse Valeriano Garcia.
Ainda segundo o delegado, os tios do menino foram ouvidos e confirmaram as agressões. No entanto, eles também serão investigados por não terem prestado atendimento à criança mesmo após verem os hematomas pelo corpo.
Pai tinha a guarda do filho
O suspeito tinha a guarda do filho desde junho deste ano. De acordo com a polícia, a mãe da criança vive em condição vulnerável, sem moradia. O delegado afirmou que ela também foi convocada para prestar depoimento.
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