Famílias denunciam golpe na venda de equipamentos para crianças deficientes
Famílias do Paraná e do Acre denunciaram às autoridades uma suposta fraude na venda de equipamentos para crianças deficientes. Elas alegam ter comprado carrinhos e balanços especiais para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, com preços entre R$ 1,8 e R$ 3 mil, mas os produtos não chegaram ou vieram com peças importantes faltando.
De acordo com o "Fantástico", a responsável pelo golpe seria Cinthya Mancini, que vive nos Estados Unidos.
A APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Arapoti (PR), por exemplo, encomendou para uma menina de 5 anos uma espécie de balanço, com elásticos especiais que vestem a criança para ajudá-la a andar e pagou R$ 1,8 mil à empresa de Cinthya. O que chegou, no entanto, foi apenas a parte externa, um cano retorcido de metal.
A Associação levou o caso à Justiça paraense e ganhou, mas o processo foi julgado à revelia, porque Cinthya não se manifestou e nem pagou o valor determinado.
Uma outra família de Rio Branco, no Acre, denunciou a fraude à Polícia Federal.
Rosa, mãe de Mariah, de 5 anos, comprou um carrinho especial para dar mais conforto à filha, que tem uma síndrome rara, durante as viagens aos hospitais em que ela costuma se tratar, mas o produto de R$ 3 mil nunca chegou. Para Rosa, Cynthia teria se apresentado como Bruna.
"Disse a ela que eu tinha muito medo de fazer essa compra, que era minha primeira vez comprando pela internet, que ela um valor alto, que não foi fácil de juntar. E ela me disse pra ficar tranquila, que era uma compra segura e que o carrinho chegaria à minha casa dentro de 7 dias", contou a mãe. Passado o prazo, a interlocutora deixou de responder.
A reportagem do "Fantástico" informou ter encontrado pelo menos outras 40 reclamações do tipo na internet.
Procurada pelo programa, Cynthia respondeu que os produtos foram enviados, mas colocou a culpa nos clientes, dizendo que as itens podem ficar retidos se impostos não foram pagos por eles. Em relação à denúncia na Justiça do PR, ela alega não ter sido notificada.
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