Polícia argentina não descarta crime em morte de brasileira em elevador
A polícia da Argentina não descartou a hipótese de um crime na morte da brasileira Ana Karolina Lara Ferreira Fernandez, 22, em Buenos Aires no início do mês. A estudante de medicina foi encontrada sem vida no último dia 4 em um poço de elevador no bairro de Retiro, na capital argentina.
"Neste momento não descartamos nenhuma hipótese: desde um acidente em decorrência de uma falha na porta do elevador, até um ato criminoso. Estamos em plena etapa de investigação", declarou à agência de notícias argentina Telám uma fonte ligada ao caso.
A investigação
O corpo da estudante foi encontrado a partir de uma ligação feita à polícia informando que uma mulher havia caído do 13º andar no poço do elevador de um edifício localizado em uma zona nobre da capital argentina. A polícia, então, dirigiu-se ao local da ocorrência e conversou com dois jovens, um deles morador do edifício onde o acidente aconteceu e o outro o tenista Juan Ignacio Ameal, namorado de Ana Karolina. Ambos foram as últimas pessoas a avistarem a jovem com vida.
Segundo o testemunho dos rapazes, na noite do acidente os três estavam bebendo juntos até o momento em que Ana Karolina teria adormecido e eles a deixaram sozinha, indo para outro cômodo da casa. E que, segundo eles, logo depois teriam retornado ao local onde a estudante dormia e não a encontraram mais. No entanto, viram que a porta de saída, que dá diretamente ao elevador, estava aberta. Ao perceberem que o elevador não estava, deduziram que a jovem pudesse ter caído.
"Nós queremos saber se a garota decidiu deixar o apartamento de forma voluntária ou se quis fugir de alguma situação. Tudo está sendo analisado ainda e, por isso, a classificação é de morte duvidosa", acrescentou a mesma fonte à Telám.
Segundo a agência de notícias Telám, a autópsia do corpo determinou que a causa da morte foram os múltiplos traumatismos ocasionados pela queda do 13º andar. No entanto, restam ainda conhecer-se o resultado das análises toxicológicas e outros exames que poderiam ajudar a determinar se a queda foi realmente acidental.
No apartamento foram encontrados também resquícios do que poderia ser de uma droga chamada 2C-B, conhecida como "cocaína rosa". Além disso, o juiz do caso, solicitou o depoimento do técnico responsável pela revisão periódica do elevador do prédio para confirmar a falha que teria levado ao acidente.
Outras evidências a serem analisada pela justiça são a gravação da ligação feita para a polícia na manhã em que o corpo de Ana Karolina foi encontrado e o depoimento do porteiro e de outros moradores do prédio.
Repatriação do corpo
O corpo de Ana Karolina segue na Argentina esperando a liberação da justiça para que seja transladado à Chapadão do Céu (GO), onde vive a família da jovem. Com dificuldades econômicas para financiar o transporte do corpo da estudante, amigos e familiares fizeram uma "vaquinha virtual" - os custos estimados em R$ 28 mil, que já foram arrecadados - nas redes sociais para arrecadar o dinheiro necessário.
Até o fechamento desta reportagem, o corpo não tinha data para ser transportado ao Brasil. Por sua parte, o Consulado Brasileiro na Argentina diz que " segue acompanhando a causa e prestando todo auxílio cabível à família".
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