Polícia encerra festa irregular com 4 mil pessoas e rave flutuante no AM
A pandemia do novo coronavírus não parece ser empecilho para pessoas frequentarem festas clandestinas no Amazonas. Ontem, 4 mil pessoas foram flagradas em uma festa irregular em uma chácara no bairro Flores, na zona centro-sul de Manaus. Duas pessoas foram presas e duas adolescentes apreendidas.
Ainda ontem, o Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Amazonas flagrou uma rave clandestina que ocorria em um flutuante (balsa que funciona como bar/restaurante e fica no meio do rio) na orla do Tarumã, na zona centro-oeste de Manaus. Dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas, incluindo o suposto proprietário do flutuante.
"Exemplo clássico de que não estão nem aí para a pandemia", disse o capitão Renan Libório, chefe do Ciops (Centro Integrado de Operações), que coordenou a ação contra o flutuante.
Em Manaus, 45.396 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia e 2.428 pessoas morreram em decorrência da covid-19. Os dados são do último boletim epidemiológico divulgado ontem. No Amazonas, 126.939 foram infectados pelo vírus e ocorreram 3.888 óbitos até ontem.
A festa na chácara
Segundo a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), no evento que reuniu 4 mil pessoas em uma chácara, policiais flagraram muitos adolescentes ingerindo bebidas alcoólicas. "Três adolescentes estavam embriagadas e foram conduzidos, juntamente com a mãe, para a Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente)", informou.
O organizador do evento também foi preso e levado à unidade policial por vender bebidas alcoólicas para menores de idade. "Desenvolvemos uma ação conjunta das instituições do estado com propósito para prevenir e remediar a disseminação do vírus. Identificamos aglomerações, descumprimento de medidas sanitárias, entre outros problemas", relatou o delegado Marcos Arruda, titular do 1° DIP.
A rave flutuante
Já na rave, além de encerrar a festa, as equipes policiais apreenderam 50 comprimidos de ecstasy, 27 papeis de LSD, além de sete porções de cocaína e maconha e a quantia de R$ 880 em espécie. Parte da droga estava no quarto do suposto proprietário da embarcação e outra parte em uma voadeira.
"No momento que estávamos nos aproximando do flutuante, algumas lanchas tentaram lograr fuga do local. Conseguimos fazer a abordagem a uma lancha e conseguimos, de pronto, uma certa quantidade de entorpecentes e nos deslocamos ao flutuante para continuar as abordagens. Encontramos 90 porções de drogas sintéticas e prendemos duas pessoas", disse o tenente Thiago Ribeiro, do Batalhão Ambiental.
Foram presos em flagrante, o suposto proprietário do flutuante, de 52 anos, e um jovem de 19 anos pelo crime de tráfico de drogas. A dupla foi levada para o 1º Distrito Integrado de Polícia Civil, localizado na Praça 14, zona sul de Manaus, onde foram realizados procedimentos legais. Os nomes dos presos não foram divulgados. O UOL tentou localizar a defesa dos presos, na manhã de hoje, mas não conseguiu.
A SSP informou que o Batalhão Ambiental recebeu uma denúncia anônima, foi até o local, que fica nas proximidades da Praia Dourada, por volta das 16h, e constatou que o evento ocorria desde a sexta-feira (11). "O local estava lotado e, assim que a Lancha de Patrulhamento Fluvial Dessana se aproximou, algumas pessoas tentaram escapar de voadeira, mas foram detidas", explicou a secretaria.
A polícia não divulgou o número de pessoas na rave. Após o encerramento, os participantes foram dispersados.
Mais fiscalizações
A SSP ressaltou que estas fiscalizações têm o objetivo de verificar se o decreto estadual de combate e prevenção a infectação do novo coronavírus está sendo obedecido. Ainda neste fim de semana, a CIF (Central Integrada de Fiscalização), coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, interditou quatro locais que funcionavam de forma clandestina. Outros dois estabelecimentos foram autuados ou notificados. As ações ocorreram em decorrência de constatação de aglomeração.
"Dentro dessa lógica da pandemia, a gente frequenta locais de toda cidade tentando coibir tudo que vier prejudicar o que está sendo determinado pelos decretos, tanto municipal quanto estadual. Fizemos a orientação sanitária nesses estabelecimentos. Inicialmente, observamos a questão da aglomeração e se o estabelecimento está cumprindo o distanciamento mínimo e também aproveitamos para verificar se estavam habilitados na Visa Manaus", explicou o fiscal da Vigilância Sanitária de Manaus, Fabrício Barros.
A SSP pede que a população, ao ver alguma irregularidade, de aglomeração, festas clandestinas, etc, telefonem para o número 190. "A CIF atua todos os fins de semana, com a participação de agentes de órgãos estaduais e municipais, vistoriando estabelecimentos comerciais", informou a secretaria.
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