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MG: Polícia apura como homicídio acidente que matou empresário em rope jump

Autoridades avaliam se corda do salto seria maior do que a medida para evitar impacto no solo - Arquivo Pessoal
Autoridades avaliam se corda do salto seria maior do que a medida para evitar impacto no solo Imagem: Arquivo Pessoal

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Ponta Grossa (PR)

05/10/2020 17h11

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu hoje um inquérito para apurar as causas da morte do empresário Adam Esteves, de 25 anos. Ele morreu na tarde de sábado (3) ao pular de um viaduto de 100 metros de altura durante a prática de esporte radical conhecida como "rope jump", em Antônio Dias, na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. O caso é investigado como homicídio culposo, quando não existe a intenção de matar.

Esteves morreu ao atingir o solo. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou a causa como politraumatismo, segundo a Polícia Civil. O empresário perdeu a vida antes da chegada do socorro médico.

De acordo com o delegado Washington Oliveira, a perícia que analisou a morte informou preliminarmente que a corda usada no salto do empresário na queda livre do viaduto não arrebentou. A suspeita é de que o comprimento do item estivesse além do recomendado para impedir o impacto no solo.

O rope jump é caracterizado pela queda livre de grandes alturas com uso de uma corda amarrada ao corpo, dando a ideia de um pêndulo humano. O viaduto usado no evento é constantemente utilizado na região para a prática esportiva.

Além das causas, a investigação quer saber eventuais autorias do suposto crime. A empresa que promovia o salto já está identificada e os funcionários e demais praticantes do esporte que estavam no momento do acidente deverão prestar depoimentos ao longo dos próximos dias.

O UOL entrou em contato com a empresa por telefone e redes sociais, mas os pedidos de respostas não foram atendidos até a última atualização da matéria.

"Já determinei a abertura do inquérito para esclarecer a morte e dar uma resposta à família. Precisamos saber se houve falha humana ou alguma fatalidade mesmo. Vamos ouvir quem estava lá, a empresa e demais pessoas que possam ajudar. A corda não arrebentou, segundo informações da perícia. A hipótese mais provável é de que tenha ocorrido uma falha no cálculo deste salto. O pêndulo deve estar com o comprimento da corda acima do solo", comentou o delegado.

A Polícia Civil informou que Esteves costumava praticar esportes radicais, mas ainda não sabe se o rope jump era uma atividade frequente no cotidiano do empresário.

O salto teria sido contratado por Esteves e um grupo de amigos. Antes dele, mais de 20 pessoas pularam do viaduto.

Esteves era empresário no ramo de informática em Nova Era, cidade a 35 km do local do acidente. O velório e sepultamento ocorreram ontem na cidade mineira onde morava.