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Justiça bloqueia 70% da aposentadoria de Ronnie Lessa; defesa vai recorrer

O policial militar Ronnie Lessa é acusado de matar Marielle Franco - Marcelo Theobald/Agência O Globo
O policial militar Ronnie Lessa é acusado de matar Marielle Franco Imagem: Marcelo Theobald/Agência O Globo

Colaboração para o UOL

09/10/2020 21h27

O policial militar reformado Ronnie Lessa, preso por suspeita de matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes, teve 70% da aposentadoria bloqueada pela Justiça. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio de Janeiro, de acordo com informações do jornal O Globo. O UOL confirmou a informação com a defesa, que prometeu recorrer.

O bloqueio aconteceu por causa de um pedido do Ministério Público do Rio. Pelo que consta no site do Rioprevidência, Lessa tem direito a uma aposentadoria de R$ 8.191,53 por mês. A Justiça manteve 30% desse valor (R$ 2.457,46) para "natureza alimentar".

Bruno Castro, advogado de Ronnie Lessa, disse que houve um bloqueio de 100% da aposentadoria. Mas ele entende que foi um erro, sem qualquer "maldade" por parte da polícia. A defesa afirma ter entrado com uma petição solicitando correção.

A defesa de Ronnie Lessa diz ainda que entrará com um recurso para tentar cancelar totalmente o bloqueio da aposentadoria. Os advogados vão alegar que os três filhos do policial dependem da aposentadoria do pai para sobreviver. Dois deles são menores de idade. A maior de idade não trabalha.

"Com 30% da aposentadoria você não consegue pagar nada. Tem que pagar escola, plano de saúde, transporte e alimentação", comentou Bruno Castro, advogado de Ronnie Lessa.