Turistas denunciam golpe de reserva falsa em condomínio de luxo em PE
Turistas de diversas partes de Pernambuco relatam que foram vítimas de um suposto golpe envolvendo o aluguel de flats em um condomínio de luxo de Muro Alto, famosa praia do Litoral Sul do estado, localizada na cidade de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. Ao menos 12 pessoas teriam sido atraídas a adquirirem um pacote de diárias no condomínio por uma mulher a preços relativamente baixos, entre R$ 300 e R$ 500.
A história relatada pelas vítimas é a mesma: através de amigos ou conhecidos, tomam conhecimento do aluguel por preços baixos, em decorrência da pandemia, até mesmo em feriados. Na véspera do dia marcado, a mulher envia uma mensagem cancelando a reserva e informa que devolverá o dinheiro. O problema é que o valor, até agora, não foi recebido por nenhum dos denunciantes.
Moradora do Recife, a enfermeira Fabiana Gonçalves, de 36 anos, viu sua ideia de passar os feriados de 7 de setembro e de 15 de novembro no condomínio irem por água abaixo.
"Ela me cobrou R$ 500 por flat. Eu aluguei dois flats para o dia 7 e outros sete para o dia 15. Paguei o valor combinado, e ela disse que iria mandar o contrato três dias antes da data marcada. Além de não ter recebido mais nenhuma mensagem, na véspera do dia programado ela veio falar comigo, dizendo que o apartamento tinha sido bloqueado judicialmente", conta.
A partir daí que a dor de cabeça começou para Fabiana. "Ela ficou de depositar todo o dinheiro de volta, mas os dias iam passando e ela não devolvia. Fui pesquisar sobre ela na internet e descobri outras pessoas que passaram por situação semelhante. Faço parte de um grupo que já tem 15 pessoas lesadas", relata, em entrevista ao UOL.
"Uma vez ela falou que estava sem dinheiro e que a situação saiu de seu controle, mas ninguém sabe exatamente quem é ela e nem consegue localizá-la. O fato é que existem várias pessoas lesadas por essa mesma pessoa em períodos diferentes", acrescenta a enfermeira.
Outra que passou pela mesma situação foi a autônoma Luciana Cabral, 47. Moradora de Olinda, ela pretendia passar o fim de semana seguinte ao do feriadão de 7 de Setembro no condomínio.
"Eu, uns primos e uns amigos fechamos acordo e alugamos 10 flats. Cada um saiu por R$ 300. Fiz o depósito, estava tudo certo e, na véspera, chega um áudio dela falando que cancelou e sugeriu transferir para o fim de semana posterior [19-20 de setembro]", comenta.
"O que ficou esquisito foi que, para mim, ela disse que o cancelamento foi por causa de uma interdição judicial. Já a uma prima minha, ela falou que foi por overbooking. Ou seja, caiu em contradição. E assim estamos até agora, sem dinheiro nem diária", reclama.
Tanto Fabiana quanto Luciana registraram boletins de ocorrência, junto a outras pessoas que teriam sido lesadas. O UOL procurou a Polícia Civil de Pernambuco, mas até a publicação desta reportagem, não obtivemos retorno.
A reportagem também tentou entrar em contato, por telefone e WhatsApp com a mulher mencionada como responsável pelo imbróglio, mas não fomos respondidos até a publicação deste texto.
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