Advogada da família vítima de golpe entregou nomes de suspeitos à polícia
A Polícia Civil está com as investigações avançadas com relação ao golpe sofrido pela família que desejava abrir um negócio no litoral paulista. A advogada que está cuidando do processo, Adrielle Vargas, 24, disse ao UOL que os agentes já estão realizando buscas em endereços ligados aos envolvidos do crime.
Segundo ela, as investigações da polícia já estão adiantadas e, para não correr risco dos autores fugirem, o caso está, até o momento, sob sigilo.
De acordo com a advogada da família, os nomes e CPFs dos falsos corretores que entraram em contato com Rilávia Soares, de 53 anos, e Enivaldo Braz, 50, já foram entregues aos agentes.
"Desde o primeiro dia que eles descobriram a fraude, eu como advogada tenho um sistema que eu consigo buscar telefones e CPF e nós conseguimos fazer essa primeira busca. Eles já tinham feito o B.O. (Boletim de Ocorrência) por orientação e quando eles voltaram à delegacia nós levamos todas essas informações", disse.
"No meu entender, os bancos podem também ser responsabilizados, já que foi feito um depósito na conta de um terceiro, que é laranja. Essa parte cível, a gente vai fazer só quando finalizar o inquérito e realmente ficar configurado que essas pessoas participaram do golpe. A partir de agora eu já consigo acompanhar as investigações através de um sistema onde a Polícia Civil vai atualizando as investigações."
Em julho deste ano, a família, que tinha o sonho de morar no litoral de São Paulo, acabou sendo vítima de falsos corretores de imóveis. Eles venderam o imóvel, o veículo e deixaram os empregos para realizar a vontade de ter uma casa perto da praia para ter espaço suficiente para construírem um hostel para turistas.
Depois de meses de negociação, ao chegarem no local, no dia da mudança, eles descobriram que o imóvel que tinham comprado em Itanhaém por R$ 55 mil já tinha dono.
Enquanto isso, a família aguarda as investigações. A filha do casal, Nayara Soares Pina, 24, disse que a ajuda que eles estão recebendo tem ajudado:
"Ficar revivendo a história machuca ainda mais. O humor deles oscila muito, tem horas que estão positivos, tem horas que ficam muito mal. A ajuda que estamos tendo da imprensa tem deixado meus pais mais animados e esperançosos. A ajuda com a vaquinha tem ajudado muito também", disse Nayara, ao UOL.
"A gente nem esperava essa repercussão toda. Estamos muito felizes com isso e aumenta um pouco a esperança de que vão encontrar essas pessoas. Meus pais só vão conseguir se acalmar quando conseguirmos comprar um imóvel", acrescentou.
Entenda o caso
A família, que morava no interior de São Paulo, começou a procurar anúncios de casas para vender pela internet, em cidades da Baixada Santista. Após escolherem entre quatro imóveis, eles começaram a negociar com uma corretora que se identificou como Alana.
A casa em Itanhaém estava anunciada em um primeiro momento por R$ 90 mil. A família disse que até então a corretora sempre foi muito gentil e atenciosa.
Depois de algumas negociações, a família chegou a visitar a casa no litoral santista. Os falsos corretores abriram os portões da casa e mostraram toda a residência. Após a visita, eles fizeram uma nova oferta e o então dono do imóvel aceitou com a condição do pagamento ser feito à vista, o que foi feito.
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