PF faz perícia em hospital e instaura inquérito para apurar incêndio
A PF (Polícia Federal) divulgou que deslocou uma equipe até o Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para fazer uma perícia criminal por conta do incêndio que começou a atingir a unidade de saúde na manhã de hoje. Duas pacientes que estavam internadas e se recuperavam de covid-19 morreram por consequência do fogo. Elas estavam em estado grave e tinham 42 e 83 anos. Além delas, mais uma pessoa morreu, segundo informou o Ministério da Saúde na noite de hoje, sem dar mais detalhes.
Em nota divulgada à imprensa, a PF afirma "que já instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias do incêndio". A corporação também informou que os policiais que foram até o hospital já iniciaram o processo investigatório.
O incêndio começou ainda pela manhã e o seu combate por parte do Corpo de Bombeiros durou durante boa parte da tarde. O fogo foi no prédio 1 e exigiu a transferência dos pacientes para o prédio 2 da unidade hospitalar.
A direção do hospital afirmou que foram removidos 162 pacientes para o prédio 2 e outros 76 precisaram ser transferidos para outras unidades de saúde da cidade. Destes, oito deles se recuperam da covid-19.
Segundo o tenente-coronel Lauro Botto, porta-voz dos Bombeiros, o fogo foi percebido primeiro no almoxarifado do prédio 1. Um estoque de fraldas presente no local teria contribuído para que as chamas aumentassem. O fogo, porém, não atingiu outros prédios do hospital carioca.
Risco era conhecido
O hospital em Bonsucesso tinha problemas que eram conhecidos pelas autoridades. A unidade vinha sendo alvo de sucessivos alertas por parte da DPU (Defensoria Pública da União), inclusive com um ofício enviado à direção da unidade em dezembro do ano passado. O documento alertava sobre o risco de incêndio constatado em vistoria.
Segundo a própria direção do hospital, os problemas eram conhecidos pelo menos desde 2005. Diretor do corpo clínico da instituição, Júlio Noronha disse que um relatório do Corpo de Bombeiros apontou que o local era "praticamente uma bomba".
Segundo levantamento feito pelo UOL, a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reduziu em 11% o orçamento do hospital. A unidade é a mais importante da rede federal de saúde no estado do Rio.
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