Polícia encontra carro que atropelou e matou ciclista em SP e busca autor
A polícia de São Paulo localizou o carro que atropelou e matou a pesquisadora e cicloativista Marina Harkot, 28. O caso aconteceu na madrugada de domingo (8) em uma via do bairro de Pinheiros, em São Paulo.
Em nota ao UOL, a SSP (Secretaria de Segurança de São Paulo) informou que o autor do atropelamento foi identificado e diligências estão em andamento para localizá-lo. Ele fugiu sem prestar socorro.
O veículo, um Hyundai Tucson, passou por perícia após ser encontrado e os policiais também analisam imagens de câmeras de segurança. O caso é investigado no 14º DP (Pinheiros);
O homem que consta como proprietário do veículo informou às autoridades ter vendido o carro em 2017.
Motorista fugiu sem prestar socorro
O atropelamento ocorreu pouco depois da meia-noite de domingo (8), na avenida Paulo VI, próximo à rua João Moura.
Mariana Braga, enfermeira e policial militar que estava de folga, passava pelo local quando percebeu uma movimentação. Ela conta que não chegou a presenciar o atropelamento, mas decidiu parar para prestar assistência ao ver a ciclista caída no chão.
Pouco depois, de acordo com Mariana, um motoqueiro que disse ter seguido um Hyundai Tucson após ver o carro atingir a ciclista e, em seguida, fugir, apareceu no local. Ele informou a placa do veículo.
'Estamos despedaçados', diz mãe
Maria Claudia Kohler, mãe de Marina disse que a família está "totalmente despedaçada". No domingo, ciclistas fizeram uma homenagem para a pesquisadora na avenida Pacaembu, zona oeste da cidade, em frente ao local onde o velório foi realizado.
Os pais de Marina saíram na sacada e a mãe dela fez um pronunciamento.
"Marina é minha filha primeira, muito amada, muito determinada, muito idealista. A gente está totalmente despedaçado. Estava construindo uma casa com o marido, um amor, uma vida futura. Estudando, fazendo doutorado, engajada. Obrigada por vocês estarem aqui e a luta continua, de verdade. Estamos juntos, gente. Muito obrigada", disse a mãe dela, em imagens exibidas pela TV Globo.
Cicloativista há pelo menos oito anos, Marina era cientista social pela USP (Universidade de São Paulo), ativista feminista e pesquisadora de mobilidade urbana. Em 2018, concluiu um mestrado pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP) com a dissertação de título "A bicicleta e as mulheres: mobilidade ativa, gênero e desigualdades socioterritoriais em São Paulo".
Também era pesquisadora colaboradora do LabCidade (Laboratórios do Espaço Público e Direito à Cidade), ligado à FAU. Ela tinha em curso uma pesquisa de doutorado, também pela FAU, em que estudava a segregação socioterritorial a partir de abordagens de gênero, raça e sexualidade.
* Com informações da reportagem de Ana Carla Bermúdez, do UOL, em São Paulo
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