Viaturas da GCM ficam sem combustível em São Paulo, diz sindicato
Desde ontem, carros utilizados pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) em São Paulo, sob gestão do prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), não abastecem na rede credenciada por insuficiência de saldo no "cartão combustível". A informação foi divulgada pelo Sindguardas (Sindicato de Guardas Civis Metropolitanos) na manhã de hoje.
Um e-mail enviado às 19h55 de ontem pelo comando operacional leste da GCM afirmava que havia "dificuldade de abastecimento das viaturas", mas que o problema seria solucionado nas primeiras horas de hoje. Procurada, a prefeitura negou que o trabalho da guarda tenha sido afetado.
O sindicato diz que a prefeitura não repassou o dinheiro para a empresa responsável por disponibilizar o "cartão combustível". Com ele, as viaturas podem abastecer em postos credenciados.
A reportagem teve acesso a duas gravações de rádio comunicadores de agentes da GCM realizadas ontem. Em uma delas, um servidor diz que as viaturas poderiam, a partir da 0h de hoje, patrulhar em locais preferenciais.
Entre esses locais, segundo o agente gravado, estavam UBS (Unidade Básica de Saúde) ou terminais de ônibus. Ele também orientou a fixação de um carro na praça Roosevelt, no centro, ontem.
"As viaturas que forem apoiar outras unidades em apoio permanecem pela área, pela sua unidade. Os apoios somente dentro da sua unidade", afirmou outro agente via rádio comunicador.
Evandro Fucítalo, presidente do sindicato, afirmou ao UOL que "esse trabalho de sabotagem vem ocorrendo há um bom tempo praticado por coronéis da PM que destruíram e deixaram a guarda chegar até esse ponto, de ficar sem combustível".
"As viaturas estão paradas. Com medo da represália, estão determinando, pressionando, as viaturas a rodar. Aqueles veículos Duster, principalmente, com um quarto de combustível. Vai ter viatura parada na rua sendo levada por guincho", afirmou Fucítalo.
"Isso é inadmissível numa cidade com 65 bilhões em arrecadação", complementou o presidente do sindicato.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, por meio da GCM, afirmou que "não houve interrupção ou prejuízo dos trabalhos. A questão administrativa já foi resolvida e o contrato para abastecimento de toda a frota da guarda foi renovado até o fim de 2021".
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