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'O motorista sempre foi apressado', afirma esposa de vítima em Taguaí

Raquel e Ramon; ele foi uma das 41 vítimas do acidente em Taguaí - Reprodução/Redes Sociais
Raquel e Ramon; ele foi uma das 41 vítimas do acidente em Taguaí Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Felipe Munhoz

Colaboração para o UOL, em Lençóis (BA)

26/11/2020 01h29

A esposa de Ramon Pereira da Silva, 25 anos, uma das 41 pessoas mortas no acidente com um caminhão na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí e Taquarituba, na região de Avaré, no interior de São Paulo, disse ao UOL que o motorista do ônibus em que estavam as vítimas sempre foi apressado.

Raquel Ferreira Monteiro, 18, afirmou que o marido trabalhava havia quase nove anos na Stattus Jeans e que já tinha reclamado do transporte. "O motorista sempre foi apressado mesmo. Não tinha medo de pisar no acelerador e agora está aí a tragédia de mais de 43 pessoas mortas [oficialmente 41]", lamentou.

De acordo com a esposa da vítima, Ramon também já tinha se queixado de falta de segurança no ônibus. "Ele dizia que o transporte faltava cinto, que não tinha um bom empenho da empresa para as pessoas se sentirem seguras", lembrou Raquel.

Ramon e Raquel se conheceram há mais de três anos e tinham um ano e quatro meses de casados. Da união do casal nasceu Alice, que completou sete meses na segunda-feira (23).

"Meu marido era um bom pai, um bom marido. Nunca deixou faltar nada em casa. Sempre cuidou muito bem de todos. Era muito querido por todos. Agora ele virou uma estrela no céu. Agora ele brilha ao lado de Deus", disse a jovem.