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PF mira grupo que pôs maconha em caixões fingindo levar mortos por covid-19

Caixões com 300 kg de maconha foram apreendidos em Goiás - Reprodução
Caixões com 300 kg de maconha foram apreendidos em Goiás Imagem: Reprodução

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

10/12/2020 11h19

A Polícia Federal deflagrou hoje uma operação com o objetivo de combater uma quadrilha voltada para o tráfico de drogas que agia nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo as investigações, o entorpecente era transportado em carros funerários, dentro dos caixões, em que supostamente estariam corpos de vítimas da covid-19.

De acordo com o delegado Rafael Valadares de Oliveira, a investigação começou em junho a partir da prisão em flagrante em Jataí, no sudoeste de Goiás, de uma pessoa atuando como "mula" do tráfico. Ela estava transportando 287 kg de maconha dentro de dois caixões funerários de Ponta Porã (MS) para Goiânia.

caixões - Divulgação/Polícia Federal   - Divulgação/Polícia Federal
Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Na ocasião, o motorista do carro funerário foi abordado pela PM na BR-060 e afirmou a agentes que estava transportando duas vítimas do novo coronavírus, de forma a tentar evitar a abertura dos esquifes. Segundo as autoridades, os suspeitos usavam o argumento em abordagens para evitar uma revista nos veículos.

Quatro mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos hoje na operação, batizada de Caixão, nas cidades de Porangatu (GO), Rio Verde (GO), Ponta Porã (MS), Campo Verde (MT) e Brasília.

O delegado explicou que a quebra do sigilo bancário e a interceptação telefônica dos suspeitos, identificou os vendedores e compradores da droga e demais envolvidos.

"Os compradores estão presos no presídio da região metropolitana de Goiânia, e mesmo no sistema prisional conseguiram o transporte da droga através de um motorista freelancer de uma funerária para despistar uma eventual abordagem da polícia", explicou o delegado.

Participam da ação mais de 40 policiais federais. Os investigados irão responder por tráfico e associação para o tráfico de drogas.