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Em alerta, sistema Cantareira opera com 32,7% de sua capacidade

Arquivo - O volume de água do Sistema Cantareira está baixo - Gabriel Camara/Futura Press/Estadão Conteúdo
Arquivo - O volume de água do Sistema Cantareira está baixo Imagem: Gabriel Camara/Futura Press/Estadão Conteúdo

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

13/12/2020 15h30Atualizada em 14/12/2020 08h21

Responsável por abastecer com água a Região Metropolitana de São Paulo, o sistema Cantareira opera hoje com 32,7% de sua capacidade, abaixo do mínimo ideal, informa a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

O sistema opera oficialmente em estado de alerta por registrar 7,3% menos água do que os 40% considerados o mínimo ideal. Esse nível poderia estar ainda mais baixo não fosse o aumento de 0,2% no volume nas últimas 24 horas.

De acordo com a Sabesp, o volume total do reservatório é de 1.269,5 milhões de m³. Desse total, 982 milhões de m³ ficam no volume útil, enquanto 287,5 m³ estão no volume morto, utilizado apenas em situação emergencial.

Nível do reservatório Cantareira está baixo - Sabesp/Divulgação - Sabesp/Divulgação
Nível do reservatório Cantareira está baixo
Imagem: Sabesp/Divulgação
O problema é que o volume útil opera hoje com cerca de apenas 321 milhões de m³.

O Cantareira abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas todos os dias, 46% da população da Grande São Paulo, segundo a Ana (Agência Nacional de Águas), o órgão que regula o setor.

O sistema atende as zonas Norte e Central e parte das zonas Leste e Oeste da capital, além das cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, e também parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.

Dado preocupa

Em dezembro de 2019 o sistema operava com 37,8%. No ano anterior, esse índice era 38,1%. Em 2017, era 44%, em 2016, em 49,6%. Em 2015, durante a crise hídrica, o nível do Canteira estava em -8,8%.

O problema é que as chuvas no reservatório este ano ficaram 72% abaixo do esperado entre janeiro e novembro. Os piores meses foram abril, maio e julho.

Veja o nível de outros reservatórios do estado:

  • Cantareira - 32,7%
  • Alto Tietê - 53,1%
  • Guarapiranga - 49,2%
  • Cotia - 57,5%
  • Rio Grande - 77,3%
  • Rio Claro - 46,6%
  • São Lourenço - 59,5%