Festas privadas de Réveillon na pandemia cobram até R$ 1,2 mil
Apesar do cenário de crescimento do número de casos de covid-19 e das medidas de restrição no Brasil, a venda de ingressos para festas privadas de Réveillon seguem a todo vapor. As opções, disponíveis na internet, são diversificadas: desde confraternizações mais simples, que prometem mesas de frutas ao amanhecer, a festas mais arrojadas, com open bar e open food, cuja entrada pode sair a quase R$ 1,3 mil. As prefeituras dizem que estão atentas para evitar aglomerações. O UOL listou alguns exemplos.
No Rio de Janeiro, uma festa programada para acontecer no bairro de Santa Teresa promete queima de fogos, open bar e open food, espaço com piscina e vista para o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara. O evento tem previsão de durar 10 horas e a entrada custa R$ 1.290 pela internet.
A equipe da festa não retornou o contato da reportagem, masm, no Instagram oficial do evento, há um post que cita adoção de protocolos, como funcionários utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs), capacidade de público reduzida a um terço e realização em um espaço "open air" (ao ar livre). Vale lembrar que o estado do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (29), confirmou 4.585 novas infecções pelo novo coronavírus.
Em Florianópolis, na Lagoa da Conceição, a festa em uma danceteria oferece ingressos a partir de R$ 300. Dentre os benefícios oferecidos estão jantar, mesa de frutas e oleaginosas, drinks e open bar de espumante à meia-noite. O local conta com dois espaços, que receberão DJs e uma banda. Procurado pela reportagem, o bar diz que cumpre as medidas sanitárias.
"Entrada somente com ingressos antecipado sob reserva de mesas com distanciamento e a exigência para as pessoas usarem máscara para circulação nos ambientes, mais 50 tubos de álcool em gel. Medição de temperatura no check-in e a capacidade de 20% de público baseado no alvará dos bombeiros", disse, por meio de uma nota encaminhada pelo WhatsApp. No estado de Santa Catarina, foram confirmados 3.806 novos casos de covid na terça.
Em Olinda (PE), chama a atenção a venda de uma festa por R$ 180, que oferta 18 horas de confraternização. A organização do evento anuncia a apresentação de doze DJs e, ao amanhecer, informa que será disponibilizada uma mesa de frutas aos clientes. O local divulgado no banner da festa é um bar, localizado no bairro do Carmo, no Centro Histórico.
O UOL procurou o dono do estabelecimento, que negou a realização da festa e disse que foi transferida para outro local. A reportagem não conseguiu contato com o organizador. Nesta quarta-feira (30), o estado de Pernambuco confirmou 2.512 novos casos da covid-19.
O que dizem as prefeituras
A Prefeitura do Rio de Janeiro permite festas particulares de Réveillon, desde que sejam realizadas em locais cujo alvará de funcionamento tenha este tipo de previsão e sigam as "regras de ouro" (orientações sanitárias) e que não sejam de grande porte. Quiosques da praia, por exemplo, não podem fazer cercadinhos ou promover shows no calçadão.
"O Instituto de Vigilância Sanitária irá ao local para uma ação de prevenção à realização de eventos de grande porte para a virada do ano, alertando que o cancelamento das festas de ano novo deve se manter, com base no decreto publicado no dia 28 de dezembro. E reforçar que, a insistência na realização dos eventos, pode gerar sanções, como multas que chegam a 15 mil reais", informa a prefeitura, em nota ao UOL.
Também por meio de nota, a Prefeitura de Florianópolis explica que "está seguindo a matriz de risco e medidas determinadas pelo governo estadual. Nelas, não é prevista comercialização de ingressos para eventos. Todos os locais que comumente fazem este tipo de evento foram notificados pela Vigilância Sanitária e, mesmo que não sejam pegos em flagrante, posteriormente, com denúncias, a Vigilância irá tomar medidas cabíveis e abrir processos administrativo sanitário".
A multa pode chegar a R$ 500 mil. "Vamos apurar os fatos e pedir esclarecimentos ao local. Qualquer denúncia de aglomeração será verificada, não apenas no dia", acrescenta a capital catarinense.
Por fim, a Prefeitura de Olinda não fala diretamente sobre o assunto de festas. Em resposta ao UOL, diz que a orla do município será fiscalizada das 8h do dia 31 até às 6h do dia 1º. O comércio de praia também será vetado depois das 17h do dia 31.
"A partir das 18h estão proibidos toldos, comércio, cadeiras, bancos, mesas, queima de fogos, som na praia e no calçadão. O objetivo é reduzir as aglomerações e as possibilidades de contágio pela Covid-19", diz a prefeitura. A fiscalização será realizada por funcionários das secretarias de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Segurança Urbana, Transportes e Trânsito e pela Polícia Militar de Pernambuco.
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