Senador mostra 'dedo do meio' na TV em entrevista sobre colega com covid
O senador paraibano Ney Suassuna (Republicanos) criou polêmica após cometer uma gafe durante entrevista a uma emissora de televisão da Paraíba na tarde de hoje. Após ser perguntado sobre o também senador José Maranhão (MDB), que está internado em tratamento contra a covid-19 desde o mês de novembro, Suassuna fez um gesto obsceno mostrando o dedo do meio diante da câmera.
O gesto foi exibido pela TV Correio, afiliada da Rede Record na Paraíba, ao vivo, durante um programa sobre política. Suassuna é suplente do senador Veneziano Vital do Rego (MDB), atualmente licenciado.
Na entrevista, Suassuna faz o gesto logo após dizer que deseja a recuperação do colega. Em seguida, responde a outro questionamento do apresentador.
Em nota, a assessoria de imprensa do senador disse que houve um mal-entendido, e que "na verdade, o senador gesticulou com a mão direita ao reclamar da entrada de um assessor na sala onde concedia a entrevista". Informou ainda que "qualquer outra interpretação do vídeo significa uma atitude maliciosa".
A nota destaca que na mesma entrevista o senador Ney Suassuna prestou solidariedade ao colega senador. José Maranhão tem 87 anos e é o senador mais velho em atividade no Senado Federal. Ele foi internado no dia 29 de novembro, após apresentar sintomas de covid-19. Inicialmente foi internado em um hospital particular de João Pessoa, sendo transferido dias depois para São Paulo, onde continua em tratamento.
MDB repudia gesto
Também em nota, o MDB manifestou total repúdio contra o ato praticado por Suassuna. "Decerto deslembrado de que sua imagem estava sendo transmitida ao vivo em áudio e vídeo, proferiu um gesto obsceno com as mãos ao ser indagado sobre o que esperava sobre a recuperação do estado de saúde do senador José Maranhão e se os demais colegas de Senado estavam sentindo sua falta no legislativo em razão do licenciamento para tratamento".
O MDB destaca que o gesto de Suassuna "também revela um nefasto sentimento contra as milhares de vítimas brasileiras que tentam se recuperar, afora as que não resistiram, deste malfadado vírus que transformou a face do planeta - postura jamais esperada de qualquer ser humano, tampouco de alguém que ostenta, mesmo como suplente, uma representatividade popular".
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