Policiais civis são investigados por uso de viatura disfarçada em roubo
O MP-SP (Ministério Público Estadual de São Paulo) e a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo apuram o uso de um Palio da polícia em um assalto.
O carro estava descaracterizado para ser usado em operações sob disfarce. Também são investigados três policiais civis do 3º Distrito Policial de Guaratinguetá e sua relação com dois suspeitos de roubo.
Na manhã de hoje, a polícia e o MP, com autorização judicial, cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e localizaram com um dos suspeitos um Uno vermelho usado no assalto, ocorrido em outubro de 2020.
A polícia encontrou imagens de câmeras de segurança que mostram a viatura estacionando em uma rua de Guaratinguetá.
Minutos depois chega um Uno vermelho. Uma das pessoas que estão no Uno desce para conversar com os ocupantes do Palio, que não aparecem no vídeo. Essa pessoa volta ao carro, de onde saem dois homens de bermuda.
Eles voltam com a moto, roubada de um motoboy, e a abandonam na rua onde estava o Uno. Segundo a vítima, os ladrões estavam armados e levaram a moto, sua mochila e um celular. Os suspeitos entram no Uno vermelho e fogem.
Justiça nega afastamento dos policiais
O Ministério Público descobriu a identidade dos policiais que estariam na viatura descaracterizada e pediu o afastamento preventivo dos investigados. A Justiça autorizou as buscas, mas negou o afastamento dos profissionais.
Questionada se os policiais civis continuam em atividade, a Secretaria de Segurança Pública disse apenas que o caso está sendo apurado.
"A corregedoria auxiliar de São José dos Campos instaurou inquérito policial para investigar os fatos. A conduta dos policiais civis supostamente envolvidos está sendo apurada e, caso constatada qualquer irregularidade, as medidas cabíveis serão tomadas", afirma a nota enviada ao UOL.
Delegacia teve armas furtadas um mês antes
Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediram cópia de outro inquérito ao MP em que se investiga o furto de 31 armas e objetos que estavam guardados no 3º DP de Guaratinguetá, o mesmo onde atuam os policiais suspeitos.
O crime ocorreu um mês antes do roubo da moto.
O Gaeco quer analisar se há conexão entre o roubo da moto e o furto das armas.
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