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Mecânico adapta triciclo a cadeira de rodas após sofrer amputação

Adilson, de 51 anos, diz que não pode deixar os filhos para trás e quer dar exemplo - Reprodução/TV TEM
Adilson, de 51 anos, diz que não pode deixar os filhos para trás e quer dar exemplo Imagem: Reprodução/TV TEM

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/02/2021 13h48

Após ter a perna esquerda amputada em decorrência de uma trombose e da diabetes, um mecânico de 51 anos, morador de Sorocaba (SP), adaptou um triciclo elétrico a sua cadeira de rodas a fim de facilitar a locomoção.

Adilson Franzini precisa de muletas e cadeira de rodas para exercer atividades básicas diariamente, como trabalhar e ir ao mercado. O pai de dois filhos, no entanto, irá depender muito menos de ajuda de outras pessoas para se locomover após criar sua própria cadeira de rodas motorizada.

Três pneus de bicicleta, um motor movido a bateria de automóvel, um guidão e até um velocímetro: Franzini precisou destes acessórios para representar uma de suas maiores características: a perseverança. O mecânico quer continuar sendo exemplo para sua família mesmo após perder um membro.

"A gente pensa um pouco em Deus, faz à maneira de você não fazer coisas erradas, de se perder em uma depressão", conta ele antes de dizer o que o motiva para manter-se firme: "Primeiramente meu filho e minha filha. Você não pode desistir e deixar eles para trás, você tem que batalhar para mostrar para eles", fala o sorocabano à TV Tem com os olhos marejados.

Com a adaptação, o especialista em automóveis pode sair de casa com mais praticidade. "Agora eu consigo ir ao mercado, subir as rampas. Depois, vou ali no lugar onde pego marmita e volto para casa", revela.

Após adaptar triciclo, mecânico quer construir prótese

Mas o serviço ainda não terminou. Adilson já trabalha em sua nova "invenção": a prótese para poder andar sem a ajuda de muletas. Ele quer construir um encaixe para o molde que já possui em casa. "Vou fazer com fibra de vidro, mas a parte interna vai ser de silicone para não afetar a pele", diz ele à emissora.

De óculos de sol, máscara de proteção contra a covid-19 e as duas mãos no guidão do triciclo, o homem pretende ajudar mais pessoas: "Quero voltar andar e continuar minha vida, fazendo minhas coisas, ajudando quem eu posso ajudar. Minha vida é isso, sempre trabalhando e ajudando quem precisa", finaliza.