Funcionário de colégio em SP é preso suspeito de assediar adolescente
Um funcionário da escola Professor Fernando Pantaleão, em Caçapava, interior de São Paulo, foi preso por suspeita de assediar sexualmente um aluno de 16 anos com deficiência mental. Segundo a investigação da Polícia Civil, o homem de 47 anos descobriu o celular da vítima e enviava conteúdo pornográfico para o garoto. Durante a prisão, policiais encontraram centenas de materiais com pornografia infantil do computador do suspeito.
De acordo com o delegado Hugo Pereira de Castro, a mãe do adolescente percebeu as conversas e realizou a denúncia. "A mãe do garoto acompanha tudo que ele vê nas redes sociais e internet. Quando ela percebeu as mensagens de cunho sexual, trouxe até a delegacia e denunciou", explicou o investigador.
A partir do relato da mãe do jovem, os agentes passaram a investigar o suspeito. Durante os trabalhos, policiais chegaram a procurar por ele na escola, que fica no bairro Tijuco Preto, mas só o encontraram em sua residência.
"Ele confessou que falava com o adolescente e confessou outros assédios contra outros alunos e ex-alunos. Menores e maiores de idade", disse Castro.
Os agentes foram autorizados pelo homem a ter acesso ao conteúdo do computador. "Encontraram milhares de fotos e vídeos pornográficos com crianças e adolescentes. Tinha muita coisa mesmo. Fica até difícil saber o que foi produzido por ele e o que ele recebeu de outras pessoas", acrescentou o delegado.
O funcionário da escola será indiciado por armazenar pornografia infantil. No entanto, segundo Hugo Pereira de Castro, as investigações continuam. "Caso seja comprovado que ele chegou a ter relações sexuais com outras vítimas, também será denunciado por pedofilia, crime que pode chegar até 15 anos de prisão", concluiu o policial civil.
As identidades da mãe e do adolescente e do suspeito não foram divulgadas. Por este motivo, o UOL não conseguiu contato com a denunciante para comentar o caso e nem com a defesa do suposto pedófilo.
Procurada, a Prefeitura de Caçapava disse que o suspeito não trabalha diretamente com os alunos e que a direção do colégio nunca havia desconfiado de condutas das quais ele está sendo acusado. A gestão municipal informou ainda que abrirá um processo administrativo.
Confira a nota da prefeitura na íntegra:
A Prefeitura de Caçapava, por meio da Secretaria de Educação, informa que o funcionário preso na manhã de terça-feira, 16 de fevereiro, acusado de pedofilia, cumpria funções administrativas dentro da escola, como secretário escolar, e não mantinha contato direto com os alunos.
A direção informa que jamais desconfiou de qualquer ação inapropriada ou recebeu denúncia sobre a conduta do funcionário, só tendo conhecimento do fato mediante a prisão do acusado. Diante da situação, a Secretaria de Educação está abrindo uma CPAR (Comissão Permanente de Apuração à Responsabilidade) e manterá o funcionário afastado de suas funções.
A Prefeitura lamenta profundamente o ocorrido e ressalta que a conduta deste colaborador não reflete a idoneidade e a confiabilidade de seus funcionários. E espera que todos os fatos sejam apurados e que a justiça seja aplicada devidamente.
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