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RJ: Advogadas e servidor são presos em ação contra falsificação de alvarás

Ação ocorre contra a falsificação de alvarás no Rio - Divulgação/Polícia Civil
Ação ocorre contra a falsificação de alvarás no Rio Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

09/03/2021 08h12Atualizada em 09/03/2021 11h49

Duas advogadas e um agente da Seap (Secretaria estadual de Administração Penitenciária) foram presos na manhã de hoje durante uma operação que tem como alvo suspeitos de falsificar alvarás de soltura.

Agentes da DC-Polinter (Divisão de Capturas e Polícia Interestadual) cumpriram, ao todo, cinco mandados de prisão temporária.

De acordo com as investigações, trata-se de uma organização criminosa responsável por fraudes contra o sistema penitenciário estadual. Os investigados teriam falsificado alvarás de soltura de pelo menos três criminosos que cumpriam pena. A polícia apura outros presos que também foram beneficiados com a falsificação.

João Felipe Cordeiro Barbieri e João Victor Silva Roza — apontados como integrantes da maior quadrilha de traficantes de armas do país — e Gilmara Monique de Oliveira Amorim deixaram a prisão com a documentação falsa expedida em nome da Justiça Federal. As liberações deles ocorreram entre os meses de outubro e novembro do ano passado, sendo que as fraudes foram descobertas no início de fevereiro deste ano - quando as investigações começaram. Dos três, apenas Gilmara foi recapturada na semana passada.

"As investigações continuarão para identificação de todos os envolvidos nos crimes e localização dos criminosos que foram beneficiados com os falsos alvarás de soltura e ainda permanecem em liberdade", informou a Polícia Civil.

Os suspeitos, identificados como Débora Albernaz de Souza, Angélica Coutinho Rodrigues Malaquias Campos e o agente da Seap Fábio Luis da Silva Polidoro já estão presos e foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na zona norte do Rio.

Relembre o caso

João Filipe Barbieri fez uso de um alvará de soltura falso para deixar o Complexo Penitenciário de Bangu, onde estava preso desde 2017, condenado a 27 anos de prisão por associação para o tráfico e tráfico internacional de armas. A fuga ocorreu no mês de novembro. Ele é acusado de ser um dos principais integrantes da quadrilha que enviou fuzis para o Brasil em aquecedores de piscina.

Também foram soltos com os alvarás falsos, em nome da Justiça Federal, João Victor Roza e Gilmara Monique Amorim. Gilmara foi presa novamente na última quarta-feira (3). Ela havia sido condenada a mais de 18 anos de prisão por sequestro e assalto a banco. Gilmara foi acusada por integrar uma quadrilha acusada de planejar e executar mais de 10 assaltos a banco no Rio de Janeiro. Ela havia deixado a cadeia em Niterói, na região metropolitana, pela porta da frente usando o alvará de soltura falso - documento que motivou a investigação e operação de hoje.