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Prefeito de Mongaguá chora ao falar da morte de pai e irmão por covid-19

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/03/2021 16h24Atualizada em 31/03/2021 20h37

O prefeito de Mongaguá Márcio Melo Gomes (Republicanos) se emocionou durante um pronunciamento em defesa das medidas contra a covid-19 na cidade paulista.

Gomes aproveitou o momento para desabafar sobre as perdas recentes do pai e do irmão, que faleceram por complicações da doença no intervalo de uma semana.

Um trecho do depoimento do político viralizou na web. Nele, Gomes rebate as críticas que tem recebido de comerciantes, que se negam a acatar as medidas de combate ao coronavírus adotadas pela gestão municipal.

"A minha família a vida inteira foi comércio, sou comerciante desde os 9 anos de idade, meu pai era comerciante e meu irmão era comerciante", diz Gomes no início do vídeo. "Como eu queria sair dessa live hoje aqui e dizer assim: 'eu quebrei, o meu comércio quebrou', sabe por quê? Nós já quebramos, e com vida conseguimos dar a volta por cima, e isso não vou ouvir mais deles, porque com essa doença eles perderam a vida", desabafou o prefeito, entre lágrimas.

De acordo com a TV Tribuna, afiliada da TV Globo, Givaldo Melo Gomes Júnior, de 33 anos, irmão do prefeito, morreu na segunda-feira (29), em um hospital de Santos, uma semana depois que Givaldo Alves Gomes, de 64 anos, o pai do político, também faleceu pela doença em um hospital de Itanhaém.

"Não existe nada mais precioso do que a vida de cada um de vocês, mas principalmente que a vida de cada um que vocês amam", desabafou e, em seguida, repetiu: "Como eu queria ouvir agora, do meu pai e do meu irmão, de 33 anos de idade, que deixou duas filhas e a mulher, que eu queria ouvir [que queria estar quebrado, isto é, sem dinheiro] deles quando terminasse essa live", disse.

Covid-19 em Mongaguá (SP)

A cidade litorânea registrou, até ontem, 3.335 casos confirmados de covid-19, dos quais 86 culminaram em óbitos e 2.882 de recuperaram.

Na segunda-feira (29), a prefeitura notificou que faltam vacinas para idosos entre 69 e 71 anos, mas que "as segundas doses para idosos de 77 a 79 anos seguem, enquanto houver estoque para este público", informou.