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Profissionais de saúde reagem a buzinaço no PR: 'Respeite os pacientes'

Profissionais de saúde pediram que manifestantes respeitassem pacientes do Hospital Municipal de Guaratuba, no Paraná - Rafael Domingues Soveral da Silva/Prefeitura de Guaratuba
Profissionais de saúde pediram que manifestantes respeitassem pacientes do Hospital Municipal de Guaratuba, no Paraná Imagem: Rafael Domingues Soveral da Silva/Prefeitura de Guaratuba

Do UOL, em São Paulo

05/04/2021 11h14Atualizada em 05/04/2021 14h04

Profissionais de saúde reagiram a um buzinaço realizado em frente ao Hospital Municipal de Guaratuba, no litoral do Paraná, no sábado (3). Com cartazes, equipes médicas pediam silêncio em respeito aos pacientes internados na unidade.

Entre as frases escritas nos cartazes estava "números têm nome", "misericórdia" e "Silêncio, por favor, respeite os pacientes".

O buzinaço foi organizado pela Acig (Associação Comercial e Empresarial de Guaratuba) e contou com manifestantes que estendiam bandeiras do Brasil. O ato era contra as medidas restritivas que foram adotadas para combater a pandemia da covid-19 na região.

A manifestação também defendia o uso de tratamento precoce contra o coronavírus, método que não tem eficácia comprovada contra a doença.

Nas redes sociais, internautas repudiaram o ato feito pelos manifestantes que pediam a reabertura da cidade.

O prefeito Roberto Justus (DEM) disse em nota ao UOL que além do desrespeito aos pacientes, houve agressões contra servidores durante o buzinaço.

"Alguns agrediram nossos servidores públicos e alguns agrediram o estado democrático de direito. Não cabe a mim neste momento julgar ou condenar ninguém, o que eu faço e peço encarecidamente é que todos coloquem a mão na consciência e admitam de uma vez por todas que o nosso inimigo não é o Prefeito, o Governador, o Presidente, a lei, o decreto, o álcool em gel ou a máscara, o nosso inimigo é um só e se chama coronavírus".

Ampliação das medidas restritivas contra covid

A Prefeitura de Guaratuba anunciou a ampliação de medidas restritivas para conter a covid-19 em 13 de março.

Com o aumento de casos e falta de leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para os pacientes do coronavírus, a prefeitura decidiu fechar os serviços considerados como não essenciais e também os essenciais, como mercados.

A adoção da fase mais restrita ocorreu entre os dias 19 e 22 de março. Barreiras sanitárias para impedir que turistas frequentassem o local durante o feriado de Páscoa também foram adotadas.