Jovem que atua com criptomoedas sofre tentativa de homicídio em Curitiba
Um jovem de 24 anos, que se apresenta como diretor de uma empresa de criptomoedas, virou alvo ontem de uma tentativa de homicídio no bairro Campo Comprido, em Curitiba. O carro que a vítima conduzia, um Audi modelo A4, foi atingido com pelo menos dez disparos de arma de fogo. A atuação dele no ramo financeiro é uma das linhas investigadas como motivação do crime.
A Polícia Civil não informou quantos tiros acertaram a vítima, identificada como Guilherme José Grabarski. Ele está internada em estado grave no Hospital Evangélico, em Curitiba. O empresário teve ferimentos em um dos braços, pescoço e na cabeça.
Os disparos foram efetuados após um carro Toyota, modelo Etios, perseguir a vítima por quilômetros. Guilherme fugia desde a rua Pedro Viriato Parigot, no bairro Campo Comprido. Ele foi atingido ao parar em um semáforo na rua João Falarz. A vítima ainda conseguiu andar com o carro por mais cem metros, mas não resistiu.
Testemunhas informaram à Polícia Civil que duas pessoas participaram do crime. Após os disparos, a dupla seguiu por mais duas quadras, abandonou o carro e fugiu em direção ainda desconhecida. O veículo passou por perícia ao longo da noite de ontem.
"Esse veículo utilizado pelos autores foi roubado em 20 de março e colocaram uma placa falsa para praticar o crime ontem. Estamos esperando o resultado da perícia para saber se há digitais no veículo e já intimamos a proprietária. Ao abandonarem o carro, possivelmente existia outro dando suporte para a fuga", disse ao UOL o delegado Thiago Nóbrega de Almeida.
A investigação ainda não possui informações sobre o que pode ter motivado o crime, mas a atuação dele no ramo de criptomoedas é uma das linhas apuradas pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).
A vítima não possui antecedentes criminais. A Polícia Civil também não tem registro de Guilherme como vítima em qualquer boletim de ocorrências. Testemunhas e familiares ainda serão ouvidos e o caso é considerado um mistério para a investigação.
"Foi um caso recente, os policiais ainda estão nas ruas atrás de imagens e por enquanto não temos nada de concreto. Sabemos que ele era diretor de uma empresa de criptomoedas e não podemos afirmar uma relação, mas isso é apurado. Pelas características do crime, foi uma tentativa de homicídio mesmo porque nada da vítima foi levado, nem voz de assalto, segundo disse uma testemunha. A intenção era de matar o Guilherme mesmo", comentou o delegado da DHPP.
A reportagem do UOL entrou em contato com a família de Guilherme por meio das redes sociais e aguarda o retorno dos parentes.
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